A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (9) em assembleia; caos no trânsito na cidade
Vista área da garagem de ônibus: proposta de retorno ainda indefinida ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)
Os motoristas de ônibus urbanos de Campinas decidiram na tarde desta sexta-feira (09) continuar a paralisação que se estende desde as 5h e que, desde então, parou o trânsito da cidade. Os trabalhadores reivindicam melhorias no que tange o plano de saúde da categoria e rejeitaram uma proposta apresentada pela Viação VB Transportes e Turismo. A empresa propôs que, até o dia 30 deste mês, os colaboradores paguem o valor do convênio médico (R$ 37,99 para o motorista e R$ 16,54 para o cobrador). Esses são os valores por vida, já descontados os percentuais pagos pela empresa.Propôs, também, não cobrar até o dia 30 qualquer tipo de coparticipação, seja nos exames médicos simples ou complexos ou em consultas que excedam a quantidade estipulada em contrato com a Amil. A proposta foi feita em uma reunião realizada com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região, que a repassou em assembleia.Após a negativa, o presidente do sindicato, Matusalém de Lima, permanece em frente à VB aguardando que a viação faça uma contraproposta. 'A greve não para enquanto não avançarmos', disse.Ainda de acordo com o sindicalista, 100% dos circulares da VB3 estão parados. Já a paralisação dos das viações Campbus, Itajaí, VB1 e Onicamp, são parciais. Ao todo, aproximadamente 60% dos ônibus da cidade estão sem circular.A VB classificou de irresponsável a atitude dos funcionários que colocaram os seus ônibus bloqueando avenidas de grande fluxo de Campinas. Separação Cerca de 400 motoristas fecharam a Avenida Lix da Cunha, no sentido bairro-Centro, no caminho para a rodoviária, pedindo a presença de um representante da VB, para que a empresa faça uma proposta diretamente a um advogado que os representa, sem a intermediação do sindicato. A Polícia Militar interveio para abrir a via. Houve confusão, e uma das faixas foi, então, liberada.ReflexoA greve dos motoristas de Campinas já reflete no trânsito da região. Na rodoviária de Jundiaí, a Viação Lira, ex-Capriolli, teve que colocar ônibus extra para atender os passageiros. É que o atraso da saída da rodoviária de Campinas repercute na chegada de lá, gerando um efeito dominó. Desde as 9h30 os ônibus estão chegando com cerca de 20 minutos de atraso a Jundiaí. O número de ônibus atrasados, a quantidade de passageiros prejudicados e o número de ônibus extra não foram, entretanto, informados. Com informações da repórter Luciana Félix, da AAN Veja também Paralisação de ônibus trava Campinas Dos 1.003 veículos, 571 deixaram de circular, o que representa 57% da frota parada Passeata dos 'Amarelinhos' aumenta caos no trânsito A população foi surpreendida com mais uma paralisação dos ônibus nesta manhã de sexta-feira (9) Protesto de motoristas complica tráfego das rodovias Motoristas enfrentam 11 km de congestionamento na Anhanguera; ônibus seguem parados Paralisação no transporte público passa de 7 horas Coletivos de praticamente todas as linhas que atendem a região metropolitana foram afetados