Empresa municipal de Campinas libera uso de bermudas

A imagem do funcionário público André Amaral, de 41 anos, usando uma saia no ambiente de trabalho fez sucesso nas redes sociais esta semana. Inconformado por ser obrigado a trabalhar de calças compridas em um espaço sem ar-condicionado no calor escaldante do Rio de Janeiro, ele decidiu usar uma peça feminina para protestar. Como as mulheres são liberadas para trabalhar com saias, vestidos ou bermudas, ele concluiu que poderia usar uma saia. Em Campinas, onde as temperaturas também estão castigando executivos e profissionais que trabalham com roupas formais, um órgão público decidiu permitir que os seus colaboradores usem bermudas sociais. Há dois meses em um novo prédio, os servidores da Informática de Municípios Associados (IMA) ainda estão trabalhando sem ar-condicionado. Ventiladores A empresa chegou a comprar ventiladores para aplacar o calor enquanto os equipamentos não são instalados, mas ainda assim o calor incomoda. Em uma sala com cerca de seis funcionários, são necessários quatro ventiladores. Funcionários chegaram a reclamar e a diretoria decidiu abrir um espaço para ouvir sugestões dos colaboradores. Uma delas foi liberar o uso de bermudas no Verão. O comunicado enviado nesta quinta-feira (6) pela empresa libera o uso de bermuda social aos funcionários que trabalham na sede, até o final do Verão. No texto a empresa faz uma ressalva de que as pessoas deixem calças no local de trabalho para o caso de serem convocadas, de última hora, para reuniões externas.A liberação do uso de bermuda não é aplicada aos funcionários que trabalham nos postos descentralizados. A IMA informou que os equipamentos de ar-condicionados estão todos comprados e que a instalação está sendo feita. Veja também Seca afeta a indústria e o comércio da região Ciesp orienta empresários a fazerem o reúso da água e a Acic pede economia a comerciantes Bancos fecham por falta de ar-condicionado De acordo com o Sindicato dos Bancários, todas elas apresentaram defeito nos equipamentos Calor recorde eleva queimadas em 437% Segundo o Cepagri, 2014 já é ano mais seco dos últimos 25 anos, quando a medição teve início