Segundo a Prefeitura de Campinas, a causa da morte será investigada, para que saiba se está relacionada ou não com o surto de gastroenterite
Hospital Maternidade de Campinas (Alessandro Torres)
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde desta sexta-feira (24) a terceira morte de um bebê que estava internado na UTI Neonatal da Maternidade de Campinas.
Segundo a Prefeitura de Campinas, a causa da morte será investigada, para que saiba se está relacionada ou não com o surto de gastroenterite (diarreia), que já foi controlado. O motivo da morte de outros dois bebês também está em investigação pelas autoridades sanitárias.
Em 16 de fevereiro, o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) interditou a UTI Neonatal da Maternidade. A medida ocorreu por conta do número insuficiente de profissionais para atendimento dos bebês, situação identificada e com autos de infração para a entidade desde o final de 2022. A unidade está autorizada a funcionar com 20 leitos.
De acordo com a Administração, várias medidas estão sendo adotadas pelas autoridades sanitárias e um Plano de Contingência para enfrentamento e contenção do surto foi exigido pelo departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) e implantado pelo hospital.
A Secretaria de Saúde está transferindo para o Caism e para a PUC as gestantes com risco de parto prematuro para que, ao nascerem, os bebês sejam internados nas UTIs destes hospitais.
Situação dos leitos em Campinas
De acordo com a Prefeitura de Campinas, a cidade dispõe de 35 leitos de UTI neonatal na Maternidade e no Hospital da PUC.
A Secretaria Municipal de Saúde tem monitorado a questão na Maternidade de Campinas e está em negociação para manter o quantitativo de leitos necessários para garantir o acesso a todas as gestantes e seus bebês.
A reforma nos leitos neonatais do Caism da Unicamp ocorre desde o segundo semestre de 2021 e tem sobrecarregado os leitos municipais. No ano de 2022, o Caism fez 5,5% dos partos de Campinas. A Secretaria de Saúde de Campinas está em contato com a Secretaria de Estado em busca de uma solução, por meio da Diretoria Regional de Saúde 7 (DRS-7), até o momento sem êxito.