Segundo ele, após a deterioração da economia nos últimos anos culminou com a retirada dos estímulos ao consumo, último pilar de sustentação da taxa baixa de desemprego
Interessados em tirar CTPS estão deixando nome e telefone de contato ( Reprodução)
O professor da Universidade de São Paulo e pesquisador da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace/USP), Luciano Nakabashi, afirmou nesta quarta-feira (3) que a alta para 8% na taxa de desocupação no trimestre encerrado em abril de 2015, ante 7,1% em igual período de 2014, "mostra que esse será o ano do desemprego e do ajuste no País".Segundo ele, a alta no indicador apontada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua era esperada, após a deterioração da economia nos últimos anos que culminou com a retirada dos estímulos ao consumo, último pilar de sustentação da taxa baixa de desemprego. Para combater a inflação"Este ano o desemprego vai aumentar, o que de certa forma é uma maneira de segurar inflação. O custo social é alto, ruim, mas faz parte do ciclo econômico", afirmou o professor. "Até a economia começar a mostrar sinal de melhora, o que deve ocorrer no ano que vem, o ciclo é de alta", afirmou o professor sem fazer estimativas sobre o avanço numérico na taxa de desocupação.Segundo Nakabashi, além das demissões, a volta da procura por emprego por pessoas que deixaram de buscar trabalho até o ano passado deve contribuir para o aumento na taxa de desocupação. "Com as demissões, outros membros das famílias dos recém-desempregados, que não estavam procurando emprego, agora passam a procurar em busca da renda. Essa volta das pessoas à força de trabalho ajuda a aumentar o índice de desocupação", concluiu. Veja também Inflação para famílias de menor renda sobe 0,95% em maio Com este resultado, o IPC-C1 acumula alta de 6,31%, no ano, e 8,97%, nos últimos 12 meses; mede a variação de preços para famílias com renda de R$ 1.970 Taxa de desemprego sobe para 8,0% no trimestre até abril Com o resultado, a taxa de desocupação atingiu patamar idêntico ao observado no primeiro trimestre de 2013 (8,0%); é o maior nível já observado desde janeiro de 2012