FINAL FELIZ

Pit Bull confinada em Campinas é resgatada e ganha adoção

Além de coleira, Lili estava com arames envoltos no pescoço e uma enforcadeira de aço que precisou ser retirada por bombeiro com alicate gigante

Raquel Valli
19/07/2015 às 15:27.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:05
No trajeto para a nova casa, Lili teve que ser levada ao Corpo de Bombeiros, para que a enforcadeira pudesse ser retirada  (Marynes Silva )

No trajeto para a nova casa, Lili teve que ser levada ao Corpo de Bombeiros, para que a enforcadeira pudesse ser retirada (Marynes Silva )

A pit bull fêmea, que vivia confinada há oito meses em uma corrente, em meio ao entulho, na região Sul de Campinas, foi resgatada na neste domingo (19) pela protetora Marynes Silva e pelo filho dela, Guilherme Ferrari.O resgate só foi possível graças à iniciativa dos protetores e da adoção da cachorra, feita por um enegenheiro que trabalha na Replan, em Paulínia, e que mora em Cosmópolis. O homem se comoveu com o estado da cachorra, cujo balde de água era verde e espaço para locomoção, minúsculo.A pit bull recebeu o nome de Lili e será 'filha única'. “A casa é linda e o quintal é enorme. Quando chegamos, já havia casinha, ração e água limpa esperando por ela”, conta Marynes. Além de coleira, Lili estava com arames envoltos no pescoço e uma enforcadeira de aço. “O pescoço dela está marcado. E, precisamos de ajuda dos Bombeiros – que usaram um alicate gigante e depois um menor – para poder tirar toda a corrente”, aponta a protetora. Para conseguir fazer o resgate, Marynes e Guilherme tiveram que sedar a pit bull. “Ela ficou tranquila, meio sonolenta, mas não chegou a dormir”. Lili foi içada por um lençol. “Não foi preciso usar o rapel. Mas já estávamos preparados para isso, caso fosse preciso”. Os protetores saíram para 'missão' às 10h, munidos de sedativos, petiscos, ração, equipamento para monitorar a frequência cardíaca da cachorra, corda e tudo mais que fosse necessário para a 'escalada' da laje, onde a pit estava presa.Depois de resgatada, Lili foi para a casa do novo tutor em Cosmópolis, e solta no quintal para poder correr e brincar. No trajeto, foi levada ao Corpo de Bombeiros, para retirada da enforcadeira. Teve o batimento cardíaco monitorado durante todo o percurso. Durante a operação, chegou a morder Marynes, que teve que levar 8 pontos no rosto. A protetora foi socorrida no Hospital Beneficente Santa Gertrudes. “Não é a primeira nem a última vez que levo uma mordida em resgate. A cachorra tava confinada, em um lugar minúsculo, sem água, com uma enforcadeira machucando o pescoço, superassustada”, afirma a ativista evocando o instinto de sobrevivência do animal. A reportagem tentou entrar em contato com o engenheiro que adotou a cachorra, mas até às 14h56 ele não retornou as ligações.

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