Apenas 0,9% da população empregada na região de Campinas possui algum tipo de deficiência
A reunião marcou o retorno das atividades do Parlamento Metropolitano ( Divulgação)
Representantes das 19 cidades na RMC (Região Metropolitana de Campinas), debateram no último dia 21, na Câmara de Artur Nogueira, sobre problemas de acessibilidade e empregos para deficiente na região. A reunião marcou o retorno das atividades do Parlamento Metropolitano no semestre, sob a coordenação do presidente da Câmara de Valinhos, vereador Lorival Messias de Oliveira (PROS).Para falar sobre o mercado de trabalho na região esteve presente a coordenadora do Programa estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (PADEF), Marinalva Cruz, que apresentou dados de empregabilidade das cidades que integram o Parlamento, bem como, os principais entraves enfrentados pelas pessoas com deficiência na busca pela colocação.De acordo com a especialista, o PADEF foi criado em 1995 com o objetivo ajudar as pessoas com deficiência a conseguirem uma colocação no mercado de trabalho. Isso é feito por meio da inscrição dos candidatos no sistema online de intermediação de mão de obra, cursos de qualificação profissional, orientação e eventos que visem ampliar e garantir a inclusão no mercado. “O PADEF já ajudou 12 mil pessoas a encontrarem um emprego”, destacou.Segundo dados do projeto, apenas 0,9% da população empregada na Região Metropolitana de Campinas possui algum tipo de deficiência, percentual pouco acima da média nacional que é de 0,7%. “A contratação só deixa de acontecer por falta de informação ou acessibilidade no local. Não podemos olhar a pessoa com deficiência apenas pelo que ela não pode fazer, mas sim pelo que ela pode fazer. É necessário dar condições para que as pessoas desenvolvam as atividades”, explicou.Temas como Acessibilidade e Mobilidade Urbana fizeram parte das discussões a partir das explanações do presidente do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência, Ronilson Silva.Segundo Silva, a acessibilidade ainda está focada nos grandes centros, ao passo que os municípios menores, deixam de cumprir os requisitos previstos em lei e que envolvem critérios da ABNT. Silva também pediu empenho dos vereadores para fiscalizarem as frotas de ônibus que prestam serviços na RMC, que devem estar totalmente adaptadas para receber a pessoa com deficiência.O Decreto Lei nº 8.145/2013 que trata da Aposentadoria Especial para a Pessoa com a Deficiência foi detalhado pelo presidente do conselho que disse serem necessárias algumas mudanças para atender integralmente a pessoa com deficiência. “Esta legislação é um grande avanço, mas ela ainda não trata da deficiência em sua totalidade. Hoje só é analisada a capacidade de o requerente exercer a profissão”.Por fim, o presidente do Conselho entregou a todos os vereadores uma cartilha com conceitos, terminologias utilizadas, legislação sobre o tema e propostas de projetos a serem apresentadas nas câmaras municipais para que a RMC seja referência na inclusão. Veja também Prefeitura recebe currículos de pessoas com deficiência Prefeitura e entidades têm recebido os currículos de pessoas com deficiência em condição de trabalhar Entidade abre curso a distância para deficientes Projeto pioneiro atenderá 32 deficientes físicos e visuais, entre pacientes e outras pessoas interessadas Lei determina que deficientes visuais recebam os boletos no sistema Braille A lei entra em vigor em 15 de maio deste ano na Bahia. Para o presidente da Associação Baiana de Cegos, Everaldo Neves, essa é mais uma conquista importante Aplicativo ajuda deficientes a andar em ambientes fechados Projeto foi inspirado em um história da mitologia grega e criado na Itália