Decano rebateu as acusações de que o julgamento, há 2 anos, foi a maior farsa da história brasileira
O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o quarto voto a favor da manutenção da pena por formação de quadrilha de condenados no processo do mensalão, no início da tarde desta quinta-feira (27). Em um duro voto, o decano rebateu as acusações de que o julgamento, ocorrido dois anos atrás, foi a "maior farsa da história brasileira" e um "julgamento de exceção". "Nessa sucessão organizada de golpes cometidos pelos ora embargantes (recorrentes) contra as leis e as instituições de nosso País, é nisso, é nessa conduta que reside, sim, a maior farsa da história política brasileira. Isso para a vergonha de todos nós e grave ofensa ao sentimento de decência do país", afirmou. Para o ministro, as acusações contra o Supremo são uma "gravíssima aleivosia" que há de ser repelida com veemência pela Corte. E disse que tais afirmações só servem "unicamente para dissimular a absoluta falta de convicção pessoal dos embargantes (recorrentes) da sua inocência", criticou. O decano disse que o esquema tinha por objetivo corromper "por meios escusos ilícitos", apropriar-se da coisa pública, dominar o Parlamento e promover o esquema em proveito próprio. No momento, o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, dá o último voto no julgamento dos recursos por formação de quadrilha. Veja também Costa Neto é autorizado a trabalhar e muda para o CPP Centro é investigado após diretores pedirem demissão por serem contra regalias dentro do CPP Prisões ampliam bancada de Campinas na Câmara A condenação de envolvidos no mensalão teve reflexos diretos no número de parlamentares de Campinas PPS quer bloqueio de dinheiro de 'doação' Até as 11h30, o site criado para receber doações para o petista registrava R$ 565,7 mil em doações