O problema ocorre principalmente em horários de pico no trecho de Barão Geraldo a Campinas
Carro, moto, caminhão e até ônibus do transporte público. Muitos motoristas que trafegam pela Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), conhecida como Tapetão, em Campinas, fazem o acostamento virar uma quarta faixa de rolamento. O problema ocorre principalmente em horários de pico no trecho de Barão Geraldo a Campinas, na chegada do cruzamento com a Avenida Theodureto Almeida Camargo. Os motoristas acostumados a transitar pelo local todos os dias reclamam do desrespeito de quem dirige pelo acostamento, o que já provocou até acidentes graves.O repórter cinematográfico João Ricardo Luiz, de 44 anos, fez uma sequência de fotos de flagrante da situação. Ele conta que passa pelo local entre 17h15 e 18h para voltar do trabalho e fica indignado com a situação. “Lá é muito trânsito. Todos ficam 20, 30 minutos para atravessar o trecho”, diz. “Acho sacanagem os espertinhos que passam pelo acostamento e atravessam em dois minutos. Vejo ônibus direto fazendo isso”, afirma Luiz.O supervisor de vendas Aparecido Frisão, 51 anos, afirma que o problema começou após o recapeamento do Tapetão no começo do ano. “Melhorou o asfalto e piorou a imprudência”, fala. “O acostamento virou quarta pista e só não passa avião aí”, afirmou. Ele também se queixa da falta de agentes para punir os infratores. “Fiscalização não existe.”Transitar no acostamento é considerada infração gravíssima pelo Código Brasileiro de Trânsito, com multa de R$ 574,61 e inclusão de sete pontos na carteira de habilitação. Outro ladoA VB Transportes, que teve um de seus ônibus flagrado pela lente de Luiz, transitando no acostamento, declara que desconhecia a infração e que vai investigar o caso. Segundo a empresa, os motoristas são treinados a cumprir o Código Brasileiro de Trânsito e quem for flagrado deverá assumir as pontuações na CNH e pagar a multa.De acordo com policiais rodoviários da base que atende o Tapetão, a fiscalização neste trecho não ocorre porque a Polícia Militar desconhece o problema. Para que seja realizado o patrulhamento, o comando precisa determinar o serviço. O órgão pede que as denúncias sejam feitas no 190.