CAMPINAS

Bandido diz que obras roubadas estão na Europa

Quadrilha internacional que roubou CCLA de Campinas foi presa em Piracicaba e São Paulo

Patrícia Azevedo
07/11/2013 às 14:45.
Atualizado em 26/04/2022 às 11:44

Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas e a Polícia Federal prenderam, na madrugada desta quinta-feira (7), parte de uma quadrilha especializada em roubar obras de arte e livros raros em todo Brasil. A operação, que resultou na prisão de Vanique Bueno, de 54 anos e Ivalu Santana Sakamoto, de 27 anos, em Piracicaba, e Laérssio Rodrigues de Oliveira, de 40 anos, e Jane Cristina Teixeira da Silva, de 39 anos, em São Paulo.  A quadrilha é a mesma que roubou cerca de 100 livros raros do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) de Campinas. O crime aconteceu no dia 8 de agosto, quando funcionários, voluntários, pesquisadores e visitantes que estavam no local foram feitos reféns, amarrados e amordaçados enquanto os bandidos recolhiam itens de uma sala reservada, que fica nos fundos da biblioteca. A maior parte das obras roubadas era do acervo do presidente campineiro Campos Sales. Um dos suspeitos preso nesta quinta-feira disse que os livros levados do CCLA podem estar na Europa. Já dos cerca de 40 quadros apreendidos com os suspeitos, 12 deles já foram confirmados que pertencem ao Centro de Ciências, Letras de Artes de Campinas. Além disso, Bueno e Ivalu foram reconhecidos por vítimas do roubo no CCLA. donos de quadros roubados em todo Brasil estão sendo chamados para o reconhecimento das obras.  Entre os cerca de 100 livros levados, havia nove volumes de uma coleção francesa rara de botânica datada do ano 1.600. Cada livro custa entre US$ 25 mil a US$ 30 mil. A Interpol, polícia internacional, foi acionada para identificar caso o acervo seja vendido em outros países e a Polícia Federal acompanhou o caso.Parte dos cerca de 40 quadros recuperados estavam na casa de Bueno e em um antiquário em Piracicaba. Bueno era o responsável por contratar os criminosos que participavam das ações, Sakamoto fazia o reconhecimento e o levantamentos dos objetos nos locais que seriam atacados. Laérssio é apontado pela polícia como o mentor intelectual da quadrilha e o responsável por avaliar os objetos roubados. Por fim, Jane cuidava da logística do roubo e esconder os ladrões após os roubos. De acordo com a Polícia Civil, as investigações duraram cerca de 3 meses e apontou que a quadrilha agia em todo Brasil e já teria feito, inclusive, roubos na Pinacoteca de São Paulo, Museu Nacional do Rio de Janeiro, a Esalq de Piracicaba (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e a Biblioteca Nacional do Paraná, entre outros. Os policiais identificaram outros membros da quadrilha e mais quatro mandados de prisão já foram solicitados a Justiça. Oliveira responde seis processos na Justiça Federal e Bueno já cumpriu mais de 25 anos de prisão por roubos.  Leia mais sobre o roubo  

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