DURO DE ACEITAR

XV de Piracicaba não digeriu revés diante do Palmeiras

Nhô Quim jogou bem, mas o goleiro do Verdão, Fernando Prass, foi o grande nome da partida

José Ricardo Ferreira
06/02/2014 às 23:58.
Atualizado em 26/04/2022 às 22:14

A derrota para o Palmeiras, na última quarta-feira (5), ainda “não foi digerida” pelo XV de Piracicaba. Esta quinta-feira (6) foi dia de regenerativo e o elenco retorna nesta sexta-feira (7) pela manhã para treinar e depois se concentrar para o jogo contra o Rio Claro, sábado (8), às 19h30, na casa do adversário, pela sétima rodada do Paulistão.O técnico Edison Só explicitou bastante o desconforto pela derrota. Jogando bem, o time saiu em desvantagem, empatou com o atacante Cafu, mas nos minutos finais viu o Verdão ampliar. O XV perdeu gols, mas também teve pela frente uma “muralha” chamada Fernando Prass, goleiro do Palmeiras, principal jogador em campo, em pleno Barão da Serra Negra.“É preciso destacar a dedicação da equipe. Fizemos um bom jogo, mas paramos na ótima atuação do Fernando Prass. Agora é analisar os pontos positivos e os negativos para trabalharmos para a sequência do campeonato”, disse o treinador. “Foi uma noite difícil. Pensar que tivemos todas as condições de sair de campo com os três pontos e sofremos aquele gol no final. Não é fácil. Mas isso já é passado para nós, já superamos isso e agora vamos trabalhar para encarar o Rio Claro”, disse o volante Adilson Goiano, nesta quinta.O XV é o terceiro do grupo B, com sete pontos ganhos. O Botafogo lidera a chave, com 12 e em segundo aparece o Audax, com oito. O Corinthians é o quarto, com seis e o Ituano o quinto, também com seis.JOGO-TREINONo período da tarde, os jogadores que atuaram até 45 minutos do confronto contra o Palmeiras realizaram um jogo-treino contra o Capivariano, que acabou com o placar de 2 a 1 para o visitante. O gol quinzista foi marcado pelo atacante Danilo Santos.O atacante Adilson, vítima de insultos racistas vindos da própria torcida, entrou no segundo tempo do amistoso. Preocupados com o lado psicológico do jogador, diretoria e comissão técnica decidiram poupá-lo da partida contra o Palmeiras. O diretor de Futebol, Renato Bonfiglio, espera que esses insultos não aconteçam mais. Por enquanto, o clube não acionou a Polícia para averiguar os acontecimentos. Para Adilson, “a vida continua” e sua meta é cumprir o contrato de dois anos com o clube e rapidamente voltar a fazer gols. Para ele, uma minoria que já o criticava em outras épocas quando jogou no XV deve ser a autora dos ataques.Pelo menos até esta quinta à tarde nenhum jogador do XV se manifestou espontaneamente sobre a possibilidade de greve dos jogadores dos 20 clubes deste Paulistão, já descartada.Atos de violência de torcidas organizadas, principalmente no CT do Corinthians, estão motivando atletas a pensarem em uma paralisação de estadual. O movimento Bom Senso FC e o Sindicatos dos Atletas de São Paulo bancam uma mobilização para escolher uma rodada para a greve.No XV, um dos representantes para esses assuntos seria o experiente goleiro Marcio. Mas como jogou contra o Palmeiras, na quarta, não treinou nesta quinta.Para o diretor Bonfiglio, uma greve é improvável. “Só aconteceria se os 20 clubes não entrassem em campo”, afirmou. Desta forma, a punição por parte da Federação Paulista de Futebol seria geral evitando que somente alguns clubes perdessem pontos. CAFUDe folga, o atacante Cafu compareceu todo estiloso, nesta quinta, na beira do gramado. Boné, óculos escuros e traje descontraído, acenou para torcedores que acompanhavam na arquibancada o jogo-treino. Aos poucos, um jogador que poucos acreditam vingar nessa temporada vai conquistando o carinho da torcida e a confiança da comissão técnica.De família humilde, Cafu se emociona quando fala de suas origens. A família e o clube são suas razões de viver. “Sou piracicabano, conheço a história do XV. Por isso, quando entro em campo, dou o meu máximo e não paro de correr até que eu veja que o XV saiu de campo com uma vitória”, diz.“Por outro lado, minha família sempre assiste aos jogos na arquibancada. Vejo a minha mãe, ela é guerreira, criou oito filhos sem a ajuda de um homem e isso me motiva muito”, conta Cafu. O atacante é o artilheiro do XV com três gols.

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