Volante entrou no segundo tempo da partida contra o Oeste e comprovou ser indispensável ao Bugre
O volante Wellington Monteiro precisou de menos de 45 minutos em campo para ser um dos destaques do Guarani no empate com o Oeste, pelo Campeonato Paulista, e mostrar que sua presença no time é indispensável. O jogador que, antes da partida de quinta-feira (28/03), em Itápolis (SP), só havia participado de um jogo no ano, esclareceu, nesta sexta-feira (29/03), em entrevista alguns dos boatos que envolveram sua ausência na equipe e revelou que chegou até mesmo a pensar em abandonar o clube.
O principal motivo que fez Wellington cogitar a saída foi o fato de que teria pedido para não atuar contra o São Paulo. “Eu vou ser muito sincero. Eu queria até ir embora, pela mentira, pela calúnia e pela hipocrisia que houve. Eu nunca fiz isso aqui, vocês podem ver minha carreira inteira, nunca pedi para ficar de fora. Eu, com fome de jogar, como não ia querer atuar contra o São Paulo? Eu não sei por que e quem falou isso, mas, da minha parte, nunca houve essa situação. E, se um dia eu falar isso, sou o primeiro a pedir para ir embora”, disse.
DOR DE DENTE
Outra bronca do volante foi com a notícia de que uma dor de dente o teria deixado fora da equipe. O jogador voltou no tempo, relembrou uma situação de quando ainda jogava pelo Internacional para explicar o fato. “Saiu uma matéria que eu não joguei por causa de dor no dente. Mas em 2006, na final da Libertadores com o São Paulo, meu joelho estourou quando eu entrei em campo e eu joguei o jogo inteiro mancando e com uma dor insuportável”, relatou o jogador, ressaltando que o que na verdade ocorreu foi um problema na raiz dentária.
“Tinha torcedor que me perguntava se o dente me tirava das partidas. Tem coisa que tem que estudar um pouquinho, analisar. Fui ver que não era o dente, era a raiz do dente”, explicou.
Wellington ainda não sabe se estará em campo contra o Atlético Sorocaba, domingo (31/03), desde o início, mas garante que está totalmente apto para atuar os 90 minutos. “Espero jogar, claro que a gente trabalha pra isso. É uma situação muito crítica que o Guarani vem passando e muitos jogadores que eu conheci iriam se esconder nessa turbulência que o clube vive hoje, mas eu não me escondo, eu boto a cara pra bater realmente.”.
Segundo o volante, atleta mais experiente do atual elenco do Guarani, o que tem faltado ao time nas partidas é um pouco mais de diálogo em campo. “Tem que se comunicar muito, isso é fundamental no futebol. O cara que não fala hoje está morto. E a gente pode brigar lá dentro, mas ganhando o jogo, aqui fora tudo é esquecido”, finaliza.