SAÚDE

Vovó é maratonista

Português radicado em Piracicaba faz bonito nas maratonas e diz que não toma remédios ou sente dores

José Ricardo Ferreira
25/02/2013 às 11:30.
Atualizado em 26/04/2022 às 03:19

Próximo de completar 80 anos de idade, o aposentado Antonio Pires Bicheiro participa de corridas oficiais desde 1964 quando disputou pela primeira vez uma São Silvestre. Na época, Bicheiro morava em São Paulo com a família. Em Piracicaba há 48 anos, ele se orgulha de transformar a velhice em uma fase de vitalidade associada à prática de um esporte.

Bicheiro completará 80 anos no dia 24 de abril. Brincalhão, ele já se considera um octagenário. Faz questão de dizer que não sente dores, não toma remédio e que acorda e vai dormir com qualidade de vida. Português de nascimento, vive com a família no Brasil desde 1954. 

Foi dono de restaurantes em Piracicaba e tem dois filhos médicos, Antonio Carlos e Marco Antonio. A esposa, Marua Ofélia, 77, não corre mas sempre o acompanha, como torcedora, nas provas.

"Sempre gostei de esporte. Na adolescência fazia saltos em altura. Hoje faço umas quatro provas por mês", diz o saudável aposentado.

Ele entende que as corridas ficaram "mais fáceis" para a terceira idade. Isso porque os organizadores dos eventos em que participa criaram uma categoria para acima dos 70 anos.

Dessa forma a disputa não fica desigual. Recentemente ele disputou uma prova de 10 km em Itu e ficou em segundo lugar, ganhando inclusive um troféu. Nas próximas semanas ele correrá provas em Piracicaba e em São Paulo.

Bicheiro conta que com frequência tem ficado sempre entre os três primeiros colocados nas corridas nos últimos anos. Além da corrida, o aposentado também pratica ciclismo e tem dias que pedala 85 km em Piracicaba e região.

Quem pensa que o atleta-vovô (ele tem cinco netos) treina diariamente, se engana. "Treino uma vez por semana 24 km. Ou dia sim, dia não quando tem prova", contou.

O aposentado conta que é uma pessoa tranquila. "O tempo de estresse já passou. Como participo de corridas, procura ter uma vida regada. Durmo sete horas em média, consumo muitas frutas e dou preferência à carne de frango. Nuca fumei. Álcool? Claro que às vezes tomo minha cervejinha", disse.

Geração ativa

"Vejo gente de 80 anos que infelizmente nem consegue andar. Não seja sedentário, não fica apenas na frente de uma tevê", aconselha o aposentado. "Meus filhos já cresceram. Nada de cadeira de balanço ou andar arrastando os chinelos", brinca o corredor. É importan, porém, que qualquer praticante de esporte não cometa exageros.

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