Vôlei Brasil Kirin começa corrida por vaga inédita

O vôlei masculino de Campinas está mais uma vez nas quartas de final da Superliga. A batalha pela inédita vaga nas semifinais começa, nesta sexta-feira (7), às 19h (com transmissão da Sportv), no Ginásio do Taquaral, contra o Canoas. O Vôlei Brasil Kirin contará com o apoio de sua torcida para abrir vantagem nesta série melhor de três partidas.O segundo jogo será realizado na segunda-feira (10), às 18h45, no Rio Grande do Sul. Se for necessário o terceiro confronto, este acontecerá em Campinas, em data a ser definida. Com a terceira colocação na fase de classificação, o Brasil Kirin tem a vantagem de decidir em casa.Mas se depender da determinação do grupo, dois jogos serão suficientes para Campinas chegar pela primeira vez nas semifinais da Superliga. "Esta vaga vem batendo na trave faz tempo e agora queremos dar este presente à torcida, estar entre os quatro melhores times do Brasil", comentou o central Vini, que vive intensamente cada passo deste mata-mata do torneio."Falo pra galera que é preciso ser campeão das quartas de final, depois focar no título da semi para então chegar na grande decisão. Cada duelo agora tem clima de final e é assim que encaramos", completou o jogador de 31 anos. E Vini sabe muito bem do que está falando. Ele já disputou quatro finais de Superliga na carreira e foi campeão em duas (Florianópolis, na temporada 2006/2007, e pelo Sesi, 2010/2011).CONCENTRAÇÃO TOTALO Vôlei Brasil Kirin entra em quadra com um retrospecto bastante positivo dentro de casa. O “caldeirão” do Taquaral é uma arma poderosa. Foram nove vitórias em 11 jogos em Campinas. E para manter o bom desempenho em seus domínios, excepcionalmente, na quinta-feira (6), a equipe estava em concentração total em um hotel — normalmente, os atletas fazem a concentração em casa."Eles virão com tudo para nos vencer. Vamos usar o fator casa e o apoio de nossa torcida a nosso favor. Esta partida tem todos os ingredientes de um grande jogo e, por isso, a concentração especial, queremos sair em vantagem neste mata-mata. Canoas tem muitos atletas experientes e não podemos errar", comentou Vini, que, na concentração, gosta de rever jogos do adversário para ficar atento às jogadas e assistir vídeos motivacionais na internet.O técnico Alexandre Rivetti espera que o grupo evolua ainda mais diante de Canoas. "Estamos embalados, fizemos uma reta final de primeira fase muito boa, tanto na parte técnica quanto na parte tática. Tivemos a volta do João Paulo Tavares, o Mineiro jogando muito bem, dando opções, assim como o Bérgamo e o Rodriguinho, que também adquiriram ritmo de jogo. O time está em um nível bom, mas sempre é importante evoluir. Esperamos dar mais um passo contra o Canoas", afirmou.QUERIDINHO DA TORCIDAUm saque que entra bem é um bom começo para jogadas de sucesso e o Vôlei Brasil Kirin tem em seu elenco o melhor sacador desta Superliga. O meio de rede Vini lidera a lista com 13,56% de sucesso. Sorte? Não, fruto de muita dedicação. Há quatro anos, o atleta goiano faz treinos extras de saque e trabalha duro para aperfeiçoar a técnica do seu serviço, o qual tem uma velocidade que destrói a recepção rival."Quando você se destaca em um fundamento, todo mundo espera que você mantenha a regularidade e qualidade, no meu caso, do saque. E me dedico muito nos treinos para continuar a sacar bem. Meus companheiros comentam que a minha bola chega rápida, difícil de pegar e treino muito para buscar a excelência", afirmou o camisa 11, que ainda lidera outra lista nesta temporada.O site oficial da equipe campineira tem uma enquete sobre o jogador preferido da torcida e Vini é o escolhido com 23%, desbancando o capitão André Heller, que está em Campinas desde o início do projeto do vôlei e, até então, sempre foi o queridinho das arquibancadas.A esposa de Vini, Hevelin Gallo, revela que por onde o atleta passa ganha a preferência dos torcedores. "Quando a gente namorava, até sentia ciúmes, mas, depois, fui entendendo este carisma dele, o tratamento que ele dá aos torcedores e o carrinho que eles têm pelo Vini. No Vôlei Futuro (ex-clube de Vini), também era o atleta preferido", revelou.No fim dos jogos em casa, a atenção do atleta é sempre da pequena Elisa, de 2 anos, porém, ele nunca esquece de parar para dar autógrafos e tirar fotos com a galera da arquibancada.