MOMENTO COACHING

Você faz o que deve ou gosta?

Renata Passos
22/04/2015 às 12:12.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:53
Diretora de escola, Rafaela Corocher foi apresentada às publicações por meio das redes sociais e se apaixonou (Joacir Cury)

Diretora de escola, Rafaela Corocher foi apresentada às publicações por meio das redes sociais e se apaixonou (Joacir Cury)

Um pouquinho da minha trajetória profissional Esta semana ouvi uma frase que gostei muito; "Na vida a gente começa fazendo o que deve para depois poder fazer o que gosta''.Isso fez todo o sentido pra mim, mais ainda nesta semana especial , onde tive a honra e o privilégio de iniciar uma nova coluna aqui na Gazeta.Durante toda a minha trajetória profissional, desfrutei do privilégio de sempre fazer o que gostava, mas hoje pode afirmar que o que faço agora é muito especial.Meu trabalho e minha carreira estão alinhados com a minha vocação. Quando prestei vestibular fiz a opção em faculdades diferentes por jornalismo e por educação física. Aprovada nas duas, a decisão ficou por conta do custo de tempo e de deslocamento (eu morava em São Paulo). Minha família não tinha condições de pagar meus estudos e jornalismo seria inviável.Deixei o sonho de escrever de lado. Lembrava das muitas redações vendidas a preço de lanche no colégio e dos inúmeros diários, jornais de grêmio. Engavetei esse desejo e segui na educação física. Eu já trabalhava em uma grande academia da cidade e o ingresso na Universidade me rendeu uma promoção à gerência da minha área. Destaco aqui que eu gostava de dar aulas, do ambiente de academia (gosto até hoje...) e da profissão em si. Também acredito que durante o tempo que trabalhei na área executei bem a minha parte.Segui no outro ano optando por fazer em paralelo, o curso de Fisioterapia. Na época mais de setenta por cento dos alunos faziam os dois cursos. Este foi literalmente um presente que recebi. Cursei o curso todo com bolsa de estudos integral, era monitora dos laboratórios.Com os dois cursos, trabalhei bom tempo na área, fiz algumas especializações, mas queria algo mais...Em nenhum momento eu me sentia insatisfeita ou desmotivada. Peguei o boom da fisioterapia e o cenário era muito favorável em todos os aspectos. Fiz especializações iniciei mestrado em Universidade Pública, até que uma das disciplinas fez meu coração disparar: liderança e planejamento estratégico.Curso todo voltado a saúde, mas com uma nova abordagem.Da primeira vez que entendi estas disciplinas até hoje aqui escrevendo para vocês, é como se eu nunca tivesse feito outra coisa na vida.Já em Piracicaba, que me recebeu de braços e portas abertas, mal cheguei e já recebi um convite para liderar uma equipe de saúde. Poderia colocar em prática o que eu havia aprendido na teoria.O que me diferenciava dentre os gestores de negócios de saúde? Eu era a única com formação em saúde e especializações em negócios. O contrário da formação da maioria.Daí para ser coach foi um pulo. Encontrei no coaching uma ferramenta para fazer de maneira mais prática o que eu já fazia na consultoria que prestava para empresas de saúde.Com a experiência e com as muitas possibilidades que o setor da saúde me ofereceu, ousei aceitar projetos em outras áreas e eles foram bem sucedidos.Percebi na prática que quem aprende gestão de saúde onde os recebimentos são fixos e a saídas variáveis e pouco previsíveis, consegue ajudar outros setores. A gestão da saúde desenvolve sua capacidade de olhar o todo, pois são muitas variáveis e partes envolvidas e os erros não são tolerados.Tudo isso pra contar que agora, olho para trás e vejo que cada parte da minha carreira foi de vital importância para eu realizar meu sonho de escrever.Comecei aqui nesta coluna aos domingos bem insegura. Eu não escrevia nada além de relatórios. Com o tempo percebi que aquela minha vocação do colégio de escrever e meu sonho que não pode ser realizado por condições financeiras há décadas atrás, ganhava forma.Nesta última terça-feira ajoelhei para agradecer a DEUS e chorei. Chorei de alegria! Com a nova coluna passo boa parte do meu tempo lendo, pesquisando e escrevendo e atendendo pessoas individualmente. Assim como sonhei um dia!Às vezes a gente não entende os caminhos que a vida nos leva, mas entender o caminho não faz a menor diferença quando diante das oportunidades a gente faz o nosso melhor.De verdade, nunca dei um passo olhando para o próximo. Nunca comecei um projeto sonhando com outro. Não me lembro de estar em um lugar e desejar outro (na vida profissional). Tudo o que DEUS colocou em minhas mãos, sempre fiz como se fosse a única oportunidade que tinha para fazer a diferença.Não pretendo ser exemplo pra ninguém, não existe modelo certo ou errado em carreira cada um é único, mas existe sim, uma maneira de se comportar e agir, frente às possibilidades que surgem no nosso caminho. Tanto faz se o que você faz hoje o que deve ou o que gosta, ou ainda se esta alinhado com a sua vocação.O que importa, de verdade, é a maneira como você irá realizar todas as coisas agora.Confie! Se você fizer e oferecer o seu melhor enquanto faz o que deve, em pouco tempo você só fará o que gosta!Simples assim e só isso e mais nada. Muito obrigada a vocês que leem esta coluna e que me ajudam a cada dia a seguir minha vocação!

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por