CAMPINAS

Violência cresce na maioria dos indicadores

Números do primeiro trimestre deste ano mostram alta em sete de dez tipos de crime analisados

Luciana Félix
luciana.felix@rac.com.br
26/04/2013 às 05:02.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:43

Roubos a bancos estão entre os crimes que tiveram maior aumento (Cedoc/RAC)

Campinas registrou nos três primeiros meses deste ano aumento de casos em sete dos dez principais tipos de crime monitorados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). Os crimes contra o patrimônio, como roubo/furto de veículos, roubo de cargas e a bancos e furtos simples foram os que mais cresceram. A maior variação foi no caso de roubo a banco, com crescimento de 150%, mas em número total de registros baixo (foram dois casos em 2012 e cinco em 2013). Roubo de carga (aumento de 33,8%) e de veículos (alta de 19%) também tiveram um crescimento relevante no período.

Em fevereiro, o Estado anunciou a criação do Gabinete Metropolitano de Gestão Estratégica de Segurança Pública da Região Metropolitana de Campinas (Gamesp). Entretanto, as ações do gabinete ainda não saíram do papel. O próximo encontro do grupo está marcado para o dia 13 de maio, quando deve ser feito o anúncio da localização do prédio que vai abrigar a sede da 2ª Delegacia Seccional de Campinas, na região do Ouro Verde.

Enquanto isso, a Polícia Militar (PM) prepara para hoje o início de uma megaoperação em todas as cidades da região para intensificar as ações de prevenção e repressão. O foco da operação, batizada de “Campinas e Região Segura”, é combater casos de homicídio, latrocínio, roubo, roubo de veículo e tráfico de entorpecentes. A ação contará com 170 policiais, cem viaturas oficiais, sete cavalos e quatro cães, além do helicóptero Águia que dará apoio operacional.

“A polícia precisa fazer operações para impedir esse crescimento. Ela sabe onde o crime ocorre, tem o acesso ao mapa dos problemas, é preciso agir. E também analisar o que está ocorrendo de errado, pois se está havendo aumento de um ano para o outro é porque algo não está bem”, disse o coronel Rui César Mello, especialista em segurança pública e ex-comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo,

Os casos de furtos de veículos, assim como o roubo, continuam a desafiar a polícia. Nos três primeiros meses do ano os casos voltaram a crescer 12,5% (passaram de 1.250 para 1.406 ocorrências). Outra modalidade criminosa que continua a crescer são os furtos que registraram 4.609 casos, um aumento de 4,6%, ou seja, 205 ocorrências a mais do que no ano passado. Do total dos furtos, 21 foram explosões de caixas eletrônicos por quadrilhas especializadas durante a madrugada — modalidade criminosa que passou a ser comum no município e na região.

Os casos de estupro cresceram 2%, passaram de 67 para 69 registros. A apreensão de tráfico de droga teve crescimento de 5,5% — foram 303 casos de apreensões de entorpecente, contra 287 em 2012.

Apesar do aumento no trimestre, o Estado alega que houve redução dos crimes se forem comparados os índices de março com os meses de janeiro e fevereiro deste ano.

No primeiro trimestre, ano houve cinco casos a menos (-13%) de assassinatos em Campinas. Foram 33 ocorrências, com 12 mortes em janeiro e também em fevereiro e nove em março. O roubo foi outro índice que também caiu, de 2.073 para 1.995 casos. Os registros de latrocínio se mantiveram estáveis no trimestre, com quatro casos nos dois anos.

Mudanças

O comandante do Comando de Policiamento do Interior 2 (CPI-2), coronel Carlos de Carvalho Junior, afirmou que os índices irão cair. “Assumi o comando há pouco e o grande problema ocorreu em janeiro e também fevereiro. Para combater iniciamos várias operações que estão começando a surtir efeito”, afirmou.

Ele diz que fez mudanças para aumentar o patrulhamento, como a unificação da Força Tática. “Antes cada batalhão tinha sua Força Tática, agora todas estão centralizadas no 35 Batalhão, que traça as áreas onde elas irão atuar de forma integrada.” Em um mês a unidade fez cem flagrantes e apreendeu 20 armas.

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