Manifestação no Centro da cidade teve até vandalismo contra quem não tinha nada com isso
Em protesto no Centro de Sorocaba, os vigilantes de bancos barbarizaram pelas ruas nesta quarta-feira (20) para impor medo nos representantes dos banqueiros.
Após impedir o tráfego de veículos a partir do Largo São Bento por tomarem a rua 15 de Novembro com carros de som e um grande volume de pessoas, eles entraram na contramão na rua Monsenhor João Soares.
Nas proximidades da praça Arthur Farjardo, eles gritavam que as ruas de Sorocaba eram deles. O ponto mais crítico da manifestação ocorreu quando cercaram o carro de uma mulher e ameaçaram destruí-lo a pontapés.
A pressão sobre a motorista ocorreu porque alguém disse que ela havia afirmado que passaria por cima de todo mundo. Na verdade, a mulher apenas fechou os vidros e parou o veículo quando viu a multidão em sua direção.
O ataque só não se consumou devido a intervenção de alguns dos manifestantes que comandavam a massa. Mesmo assim, foram quebrados retrovisores e amassadas latarias e os motoristas ficaram presos por uma hora.
Até um carro-forte passou pelas depredações depois que os vigilantes dele se recusaram a aderir à manifestação. A categoria informa que mais de 50% dos vigilantes em 54 cidades da região estão em greve.
Os manifestantes querem 30% de adicional de periculosidade nos salários que estão previstos na lei federal 12.720, sancionada em dezembro de 2012. Os bancos se negam a pagar o valor e tentam manter negociação.
Apesar do protesto violento e da arruaça no centro, a Polícia Militar demorou a chegar para controlar o movimento. Os fiscais de trânsito também deixaram as ruas durante a manifestação por ordem da Urbes Trânsito e Transportes.
A empresa que gerencia o trânsito e o transporte coletivo na cidade divulgou nota no final da tarde informando que teve de retirar os fiscais das ruas, o que evitou a punição dos manifestantes, para manter a integridade deles.
Afora os perigos no trânsito, quem precisou das agências bancárias nesta quarta-feira em Sorocaba teve muita dificuldade, já que a paralisação dos vigilantes acarretou ainda o fechamento de diversas agências.