Vida nova

O ano de 2020 ficará marcado para a maior parte das pessoas em função da pandemia do novo coronavírus. Para Edu Guedes, no entanto, os últimos meses reservaram surpresas que vão muito além dessa ameaça: o apresentador sofreu um grave acidente, decidiu não renovar com a Rede TV! e, enquanto cogitava até largar a carreira na televisão, foi convencido a apostar em um novo contrato, desta vez com a Band. Daí, surgiu o The Chef, programa matinal diário que apresenta na emissora, das 9h às 11h. “Tive várias ideias e, o melhor, consegui, com todo apoio da Band, colocá-las em execução”, comemora o paulistano, que completou 46 anos em maio. Acostumado a trabalhar nas manhãs da TV aberta e com passagens pela TV Gazeta, Record e Rede TV!, Edu sabe bem que a concorrência nessa faixa de horário é acirrada. Mas isso, ele dá a entender, não chega a diferenciar suas escolhas. “Mais que a audiência, em qualquer lugar, precisamos pensar na qualidade daquilo que a gente faz. Todo o resto é consequência do trabalho bem feito”, analisa ele, que cursou Administração e chegou a trabalhar em banco antes de se aventurar na gastronomia. TV Press - Como surgiu a oportunidade de apresentar um programa na Band? Edu Guedes - O convite veio depois de eu oficializar que eu iria me desligar do trabalho anterior. A direção da Band me explicou o que achava interessante para o horário e que era vontade deles me ter ali, para ter esse público feminino, mas um masculino também. E ter um programa com qualidade, com uma série de coisas, que a gente poderia fazer algo diferente. Em junho, você sofreu um acidente que comprometeu seu braço. Achou que isso pudesse influenciar ou dificultar a sua volta à TV? Na verdade, inicialmente, eu até pensei em parar, por conta da dificuldade do movimento. Já se passaram quatro meses e eu ainda estou em recuperação. Mas esse novo desafio me motiva também a fazer os exercícios três vezes ao dia todos os dias. No começo, foi uma dificuldade. Mas eu sempre penso de forma positiva e estou confiante da minha recuperação também. Como está o seu braço? Está se recuperando bem. Ainda não sinto do cotovelo para baixo, mas tenho fechado e aberto a mão com mais facilidade. Não é um processo fácil e nem rápido. Faz quatro meses que fiz a cirurgia e eu não gosto de reclamar de nada. Mas, muitas vezes, é dolorido. Eu acho que estou indo bem, penso sempre positivo. Como surgiu o conceito do The Chef? Como foi a sua participação na criação do projeto? A minha família participa de tudo. O nome do programa foi a minha filha quem criou. Depois, imagino que, com tudo isso que estamos passando, em razão da pandemia, as pessoas quisessem as receitas culinárias, mas também algumas de vida, nas quais pudessem se inspirar. Ver histórias de pessoas simples que estão dando a volta por cima, mostrando o que fizeram e o que estão fazendo. A nossa área de alimentação foi uma das que mais sofreu. O conceito do programa é esse: foco no que eu gosto e faço, mas também naquilo que as pessoas querem, sem pensar só em mim. Entre fechar com a Band e a estreia do programa, você não teve muito tempo para se preparar. Como foi estrear e se envolver com um projeto novo em tão pouco tempo? Foi um desafio. A gente montou praticamente tudo na última semana. Foi pouco tempo, realmente. Mas, graças a Deus, nesses 26 anos, eu construí um trabalho sólido. As empresas confiam no meu trabalho, não apenas na TV, mas também fora dela. Eu acredito muito no resultado, que no final do mês ajuda para as empresas venderem mais, para deixar os clientes satisfeitos e as pessoas mais felizes, em suas casas. Eu confesso que fazer tudo em tão pouco tempo foi um desafio, a gente se sente vitorioso por conta disso.