As companhias aéreas permitem o transporte de animais de estimação desde que sejam de pequeno porte. Normalmente é feito na própria cabine dos passageiros e permite-se apenas dois animais por aeronave.
Cães e gatos podem ser transportados na cabine de passageiros (Divulgação)
Eu já tive meus animais de estimação. Morando em uma casa com minha família, sempre foi fácil manter meus queridos cães e tive de várias raças. Depois que meus poodles Caruzo e Charlotte morreram, há quase 20 anos, e tomei gosto em viajar, nunca mais quis ter outros animais. Hoje moro em um apartamento e apenas com minha mãe. Acho que eles sofreriam demais quando eu estivesse fora e apartamento não é bem o espaço ideal para um bicho como um cão, que precisa correr para liberar as energias.
Mas há quem não abre mão de ter um animal e levá-lo inclusive para passear pelo mundo. Confesso que me incomoda um pouco ter que viajar na mesma cabine que um cão ou gato, uma porque o pobre do animal sempre fica tenso late e mia exageradamente. Então além de ser um desconforto pra ele, também é para quem tem que passar um, ou mais horas sem ter pra onde correr.
Voltando à vaca fria (ou transportada) as companhias aéreas permitem o transporte de animais de estimação desde que sejam de pequeno porte. Normalmente o transporte é feito na própria cabine dos passageiros e permite-se apenas dois animais por aeronave. Em voos domésticos é preciso pagar uma taxa, colocar o bichinho em uma gaiola e apresentar um documento que comprove que o animal está devidamente vacinado e com bom estado de saúde. Algumas companhias permitem até que os pequenos (e calminhos) fiquem no colo de seus donos durante o voo. Um tanto quanto anti-higiênico para quem vai comer o lanchinho servido no trajeto.
Para quem pensa em levar o cão ou o gato para uma viagem internacional, o trâmite é um pouco mais complicado e dependendo do tempo no destino, pode não ser uma boa ideia. Isso porque o animal terá de permanecer em quarentena até que as autoridades sanitárias do país de destino o liberem. Isso vai depender da legislação local e também da fila que o bichinho terá de enfrentar até obter a permissão de entrada no país.
Em uma viagem de dez dias, o viajante corre o risco de desembarcar e ir embora sem que o processo tenha sido finalizado. E aí? Se o animal for liberado e não houver ninguém para retirá-lo, ele será considerado abandonado. Outro detalhe: se não for admitido, será enviado de volta ao país de origem. Com que cabeça alguém vai curtir uma viagem com seu animalzinho cruzando o oceano de volta e sem a companhia de quem mais o ama?
Além disso, levar um animal para o Exterior dá um pouco de dor de cabeça, pois é preciso saber com antecedência que vacinas e quais documentos o país destino exige. Fora isso tem o custo adicional cobrado pela companhia aérea (mais alto do que o cobrado em um voo doméstico). Não é impossível, mas como dizia minha avó, é custoso. Será que vale a pena tanto desgaste e esforço? Aí é o viajante quem deve decidir.
Eduardo Gregori é editor de Turismo do Correio Popular