DECORAÇÃO

Viagens encantam e enfeitam as prateleiras

Peças trazidas de vários países são usadas na decoração, mas é preciso ter alguns cuidados

Sheila Vieira
10/06/2013 às 05:05.
Atualizado em 25/04/2022 às 12:50

O brasileiro está viajando mais ao Exterior e gastando mais também. Somente no mês de março, segundo dados do Banco Central, foram gastos US$ 1,870 bilhão em viagens internacionais. É praticamente impossível resistir à tentação e não trazer lembranças dos locais visitados. Portugal, França, Alemanha e Espanha estão entre os países que mais recebem turistas brasileiros na União Europeia, conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os artigos trazidos de fora são frequentemente utilizados na decoração dos ambientes, conta a arquiteta Elaine Carvalho. "O objetivo é deixar à mostra itens que remetam à lembrança da viagem", aponta. O ideal é não sobrecarregar a decoração com uma grande quantidade de souvenirs preferindo agrupar algumas peças icônicas em um mobiliário próprio como um armário. Gravuras e pinturas, por exemplo, são artigos que remetem ao local visitado e criam um efeito interessante no ambiente. "Recentemente fiz um trabalho em uma parede de uma área de circulação com postais de viagens expostos em uma caixa de acrílico. Expor é bacana e o arquiteto deve saber explorar esse recurso", argumenta a arquiteta. Particularmente Elaine gosta de trabalhar com itens que podem ser fixados em paredes, geralmente máscaras possibilitam efeitos interessantes na decoração.

SEM EXAGEROS

Lembrança de viagens são sempre recordações de momentos felizes e de lugares que os viajantes gostariam que fossem eternizados. Entretanto, nem tudo o que é bonito na paisagem visitada ou no contexto cultural de determinado país terá o mesmo efeito dentro de casa, alerta o arquiteto Fernando Consoni. "Na empolgação, muitas pessoas acabam exagerando nos mimos e depois encontram dificuldade para combinar tudo o que compraram", adverte o arquiteto. Segundo ele, as peças de lembranças pessoais são ícones pelo valor sentimental agregado e não têm obrigatoriedade de combinar com o projeto. "Prefiro tratá-los como itens de coleção e arranjá-los em conjunto", diz.

Imãs de geladeira, bibelôs de cerâmica, pratos, artigos regionais e tapetes estão entre os souvenirs mais comuns e são usados dentro do projeto ou conforme a decoração já existente na casa. Ele gosta de utilizar objetos de viagens em seus projetos, independentemente do estilo, por achar que fica mais pessoal e revela que a residência tem personalidade, mostra a intimidade e os gostos dos moradores.

Beto Tozi, designer de interiores que somente este ano já viajou quatro vezes ao Exterior, defende que toda lembrança de viagem pode ser aproveitada como item decorativo desde que remeta às boas lembranças. Quem deseja preservar o objeto deve se preocupar com o local ideal para sua conservação. Souvenir com ferro ou outro metal oxidável não pode ficar em banheiros e lavabos. Geralmente os itens mais trazidos do Exterior são objetos típicos e livros com informações sobre a cultura, culinária e a história do pais ou cidade visitada.

DICAS

- Quem gosta de expor vários objetos deve reuni-los em nichos organizados em grupos de regiões ou país, sugere Beto Tozi. Outro recurso é destacá-los com iluminação focada.

- Preferir comprar peças simbólicas, que realmente traduzem o local, ao invés de várias bugigangas, é uma escolha que evita arrependimentos posteriores, recomenda o arquiteto Fernando Consoni.

- A dica da arquiteta Elaine Carvalho é agrupar imãs de geladeira em espaço gourmet, local onde também fica bacana dispor coleções de copinhos de vários países.

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