Veterinários preocupados com surto de cinomose

Veterinários de Campinas estão preocupados com a quantidade de casos de cinomose na região. A doença é grave, fatal em cerca de 80% dos casos, e, quando não mata, deixa sequelas na maior parte das vezes. Como não há remédio que a cure, o tratamento é de suporte, visando melhoria das condições gerais, prevenindo as infecções oportunistas e o controle dos sintomas. A doença não tem cura, mas pode ser prevenida com vacinação. Só em agosto, a clínica Animal Palace de Campinas atendeu 14 casos. Seis animais morreram, três se curaram e cinco seguem em tratamento, informa a proprietária Juliane Wildmann.Devido à quantidade, a clínica colocou um comunicado no Facebook alertando sobre o problema. “A cinomose é uma doença multissistêmica, ou seja, que afeta todos os sistemas do corpo do animal: cardiovascular, nervoso… e é também, altamente contagiosa para os animais”, afirma o veterinário Vinícius Vellone. Na segunda-feira (29), o protetor Guilherme Ferrari resgatou uma fêmea no Jardim Londres. Ela estava abandonada na rua, pele e osso, convulsionando. Ferrari deu à cachorrinha o nome de Anástácia, e a levou para um lar temporário. Não pode levá-la para o terreno, onde cuida de outros 20 cães, porque a doença poderia ser transmitida aos outros animais. “Na rua, ela teve contato com outros cães, e provavelmente os contaminou. E isso vira um problema de saúde pública, porque o vírus vai se proliferando. As clínicas estão lotadas devido à falta de vacinação”, afirma o protetor, que mora na divisa com Valinhos. Anastácia foi socorrida na “Doce Vida de Cachorro”. Ferrari a está alimentando com arroz e fígado, e precisa de ajuda com ração de boa qualidade e com os remédios Ribavarina (cuja caixa custa cerca de R$ 300,00) e Cino-Globulin (cuja injeção, por unidade, sai por volta de R$ 30,00). Quem puder ajudar, deve contatá-lo pelo WhatsApp: (19) 995345336.