Conheça a história de cinco estudantes que se deram bem na batalha dos vestibulares.
“Eu acho que quando temos um sonho,realmente vale investir nele de corpo e alma . Quando eu lembro da época em que ficava de madrugada estudando, que meu nariz chegava a sangrar de de tanto nervoso e ansiedade, sinto um grande orgulho de mim mesmo” - a frase é de Rafael Franco, dentista recém-formado pela UNICAMP. Desde criança Rafael sonhava em seguir a profissão do tio, porém, teve que batalhar para conseguir uma vaga na universidade . Ansioso e com muita vontade de seguir em busca dos sonhos, o dentista chegou a cursar , por duas semanas, a faculdade de educação física , porém desistiu e resolveu cursar gestão empresarial, na Faculdade Tecnológica ( FATEC). “Fui para Gestão Empresarial pois é um curso que precisa pra tudo,inclusive no consultório. Eu fazia Fatec de manhã e estudava por conta própria para o vestibular. A Fatec expandiu meus conhecimentos, para fatos históricos,políticos e ambientais - o que ajuda muito nos argumentos das redações - relata. Assim como Rafael, o estudante de Ciências Biológicas, Gilmar Giraldelli, conta que não foi fácil o caminho até a Universidade, porém, todo o esforço resultou em uma grande realização pessoal – morar na praia. Em épocas de cursinho, Gilmar afirma que precisava acordar às 4 horas da manhã, pois fazia parte do Tiro de Guerra. “Tirando o Tiro de Guerra, fazia também inglês às terças e quintas feiras no período da tarde. Ou seja, na hora do cursinho (noturno), das 19:00 até as 23:00h eu tentava absorver o máximo de conhecimento possível, pois eu não tinha um tempo disponível para me dedicar exclusivamente para o vestibular.” - relata Além de todo esforço, Gilmar não pode contar muito com a sorte. No segundo dia de prova na Unesp, chegou a tomar chuva, porém não desanimou. “Cheguei pingando, tremendo, tirei as meias e o tênis e fiz a prova descalço. Foi a prova que eu fiz mais tranquilo, talvez também pela situação. Depois do vestibular eu vi que tinha escolhido um dos cursos mais concorridos, achei que não fosse passar. Quando saiu o resultado, vi que eu estava na lista de espera (78) e depois de um mês, no dia da mentira (01/04/2009) acabei sendo chamado e não acreditei” - conta aos risos. Diferente de Gilmar e Rafael, Marcela Maróstica, estudante de Ciências Biológicas, também da Unesp, pode dedicar-se inteiramente às aulas do cursinho, porém, lembra que a pressão psicológica é um dos fatores que mais atrapalha na hora do estudo “Existe aquela pressão psicológica que você e seus professores colocam, dizendo que se não passar terá mais um ano da sua vida 'jogado fora' mais um ano estudando. Graças a Deus eu nunca tive dúvida do que eu ia prestar” Questionada sobre todo o esforço, a futura bióloga não teve dúvida ao responder o quanto valeu a pena os momentos de estudo e frisou que chegou a prestar novamente vestibular, mas para poder também ter o título de bacharel e não apenas de licenciatura. “Fazer faculdade te transforma numa pessoa totalmente habilitada não somente na parte profissional mas também em requisito de experiência de vida. É na faculdade que você aprende muitas coisas, inclusive a conviver com pessoas totalmente diferentes de você” - concluiu. Do ensino médio à Universidade: Elas são de cursos e universidades diferentes. Não são amigas no facebook e provavelmente nunca se falaram, porém ambas têm muita coisa em comum. Jamile Dell Ducas e Christiane Delmondes Versuti. A primeira, estudante de biotecnologia na Universidade Federal de Alfenas e a segunda, bacharel em comunicação social com ênfase em relações públicas, na Universidade Estadual de São Paulo – Unesp. Além do grande amor pelos gatos, Jamile e Christiane não passaram pela fase do cursinho. Ambas saíram do ensino médio direto para uma Universidade pública. Christiane, atualmente dedicando-se ao mestrado, conta que pensou em fazer veterinária, porém nunca foi adepta as ciências biológicas. “Não fiz cursinho e sempre fui mais chegada com a parte de comunicação, tinha facilidade de escrita e em falar em público” - relata. Jamile, por sua vez, caracteriza o período do ensino médio como ingrato, já que, se sentiu na obrigação em escolher qual carreira seguir. “É um período meio ingrato, né? Eu ficava pensando que tinha que decidir o que seria da vida aos 18 anos, e queria ir logo para não 'perder' um ano a toa” Mesmo entrando na Universidade direto, a ansiedade muitas vezes tentou falar mais alto e tanto para Christiane quanto para Jamile, dribla-a foi um grande desafio. “Como isso tudo se resumia a uma prova de dois dias, eu ficava muito ansiosa. As técnicas que eu utilizei foi Reiki e Florais de Bach” - revela Jamile Dicas: E os veteranos no quesito estudo, deram algumas dicas para quem está se preparando para os vestibulares 2014. Vejam: Rafael Franco: Uma dica fundamental para o vestibular é focar nas disciplinas que tem peso 2 e português (redação conta muito e você tem que ter uma bagagem grande de conhecimento). Outra coisa legal também é estudar o tipo de prova. Eu estudava as provas da Unesp e da Unicamp, o tipo de pergunta que eles costumavam a fazer, como essas perguntas eram formuladas e qual o tipo de resposta (respostas mais detalhadas,mas curtas) ai em cima disso,estudava mais um assunto em determinada disciplina. Christiane Delmondes Versuti: A dica pra quem vai fazer vestibular é prestar atenção nas aulas, anotar tudo que for possível, tirar as dúvidas pra elas não se acumularem e procurar estabelecer horários de estudos. É também legal estudar com um algum amigo, mas isso vai de cada um, pois tem gente que prefere estudar sozinho Gilmar Giraldelli: Acreditar e não desistir. Procurar se esforçar mais nas áreas que você considera difícil. Se tem dificuldade com matemática, tentar resolver todos os itens da apostila e procurar outros extras, principalmente em exercícios de vestibulares anteriores.Não fui o melhor no vestibular da Unesp, fui o último da minha sala, mas quando me formei na primeira habilitação do curso (com quatro anos cursando), fui o aluno com a décima melhor nota da sala e nunca peguei uma RER ou DP se quer. O importante é passar! Independentemente da nota. Na universidade somos todos iguais e nunca devemos nos decepcionar com uma RER ou DP, pois é com dedicação que se consegue as coisas. Marcela Maróstica: Primeiro manter a calma, não desespere. Pegue os pontos fracos, que tem mais dificuldade e invista nisso. Deixe os finais de semana livres e aproveite os plantões e outras coisas oferecidas pelo cursinho, pois é mais fácil estabelecer uma rotina Jamile Dell Ducas: Manter a calma,estudar tudo que conseguir, mas nunca passar dos limites. A hora de relaxar definitivamente não deve ser esquecida. É bom sair fazer uma coisa mais leve com amigos.