MERCADO

Vendas garantem reforço ao caixa da Macaca

Pelas negociações de Bruno Silva, Rildo, Renato Cajá e de Alef, o clube abocanhou cerca de R$ 7 milhões

Paulo Santana
17/07/2015 às 20:26.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:01
O gerente de futebol Gustavo Bueno tenta não mexer muito no elenco (Cedoc/RAC)

O gerente de futebol Gustavo Bueno tenta não mexer muito no elenco (Cedoc/RAC)

Com habilidade para negociar, a Ponte Preta vai conseguindo atingir a meta de não desmontar seu elenco ao mesmo tempo que forrou seu caixa com aproximadamente R$ 7 milhões. Como a nova legislação do futebol permite a saída de qualquer atleta mediante pagamento da multa contratual, a diretoria tem tirado até um certo proveito do "pagou-levou". Pelas negociações de Bruno Silva com a Chapecoense, Rildo com o Corinthians, Renato Cajá com o Sharjah, dos Emirados Árabes, e de Alef com o Braga, de Portugal, o clube campineiro abocanhou uma quantia que praticamente zera a previsão de déficit que foi calculada em R$ 8 milhões no início do ano. Com a transferência do volante Bruno Silva, que queria sair desde que retornou ao Moisés Lucarelli no final de 2014, a Macaca recebeu cerca de R$ 600 mil. E ainda prorrogou o contrato por mais um ano (até o final de 2016) pelo reempréstimo para a Chapecoense. O atacante Rildo, que também não pretendia ficar em Campinas, foi liberado para o Corinthians em troca de R$ 1 milhão. Além disso, foi feito o adendo de uma possível participação em futura negociação com outro clube. O meia Renato Cajá, que tinha contrato até dezembro, só foi negociado com o Sharjah, dos Emirados Árabes, porque a multa rescisória foi paga integralmente. A Macaca perdeu seu camisa 10, mas embolsou R$ 2,5 milhões, valor equivalente a 40% do total de R$ 6 milhões. Nesta sexta-feira (17), por meio do seu site oficial, o clube confirmou a venda dos direitos econômicos do volante Alef para um grupo investidor. O atleta foi levado para o Braga, de Portugal, por 1,5 milhão de euros. A Ponte terá direito a 55% da transação, valor que lhe garante a bagatela de R$ 2,8 milhões. Em recente entrevista, o gerente de futebol Gustavo Bueno ressaltou que a intenção era manter todas as peças do elenco. Mas, diante do assédio e da impossibilidade de lutar contra a lei, acabou cedendo. "Com certeza, esse dinheiro vai nos ajudar a quitar algumas dívidas e pagar alguns salários. Mas é a permanência na Série A que nos ajudará a ter um equilíbrio. Hoje a conta não fecha", ressalta. Além dessas negociações, a Ponte ainda conta com recursos de patrocinadores como a Schin Refrigerantes, Monroe, PBF Idiomas e AM4, que estão inseridos em seu uniforme. E ainda veio a inesperada venda do mando para Cuiabá, que rendeu R$ 1 milhão ao clube. A Macaca, que tem uma das menores cotas do Brasileirão (cerca de R$ 23 milhões), gasta R$ 1,7 milhão por mês para manter seu elenco. NOTAS Estreias O meia Bady, que chegou na quinta-feira (16), foi convocado pelo técnico Guto Ferreira e será relacionado para a partida com o Joinville, domingo (19), às 18h30, na Arena Joinville. O também meia Felipe, outro que chegou durante a semana, será titular na vaga que era de Renato Cajá. O jogador passou por exames na segunda-feira (13) e vem treinando desde terça-feira (14). Passado O treinador da Macaca não quer saber de qualquer revanchismo por causa da derrota por 3 a 1 no ano passado, quando a Ponte Preta deixou escapar o título da Série B do Campeonato Brasileiro diante do Joinville. "Estamos em um outro momento. O título não aconteceu, mas fizemos um grande campeonato e o objetivo maior, que era o acesso, foi atingido", relata. Beneficente Em apoio à Casa de Jesus, a Ponte realiza, neste sábado (18), a partir das 15h, no Jardim das Paineiras, o Arraiá Solidário. A festa terá comidas típicas, música ao vivo, DJ, bingo e sorteio de brindes como camisa autografada e miniatura do Majestoso. A entrada é um quilo de alimento não perecível.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por