A que ponto chega o desrespeito de certos “professores”, que legitimam seus alunos como delinquentes da língua portuguesa. Um bando (já são um bando) de vítimas de falsos mestres cometem estupros em praça pública contra o idioma, escrevendo errado, pensando mal e fingindo ler. E charlatães da cátedra justificam a nota 10 com a alegação de que “o conteúdo está certo”. Esses traficantes que despetalam a última flor do nosso Lácio ainda ganham do povo que, se soubesse enganado, daria a eles holerites envenenados. Estão matando pela raiz o futuro da infância e da juventude. (Falar nisso, os tais promotores da infância e da juventude são coniventes com o crime? Ou não sabem mais escrever uma ação pública contra os (ir)responsáveis?)Em breve, essas vítimas vão pensar que livro é papel higiênico encadernado, como acontece com livros atribuídos a Fidel Castro em Cuba. Enquanto os cúmplices da ditadura se vangloriam do “êxito editorial”, o povo só os têm em casa, porque o papel é mais fino do que o do Granma, diário oficial do Partido Comunista.O desrespeito desses “professores” pelo ensino já chega ao cúmulo de aprovarem quem escreve o hino do time nas provas de redação. Nem se importam se um aluno corintiano, gozador, escreve no cabeçalho “Suíno do Palmeiras”. Ou um palmeirense vingativo muda aquele verso do hino do Corinthians para “tu és orgulho dos piadistas do Brasil”.Não estranhe se alguém escolher o Hino Nacional e começar com a galhofa “Laranja da China”; brindar a "Canção do Exército" com o célebre “O arroz, comemos com feijão/ A pinga tomamos com limão/ Porém, se a pátria amada, precisar da macacada...”. Ou o Hino da Independência que homenageia o Japão: “Japonês tem cinco filhos/ cada um com seu ofício/ o primeiro é sapateiro / o segundo é vagabundo/ o terceiro é padeiro/ o quarto (deixe pra lá)...”Mas se você torce para a Ponte Preta, cuidado. O hino legítimo da Macaca é o de autoria da mestra Maria Aparecida Motta Aguiar. Adorada Mariinha, ser pontepretana foi seu único defeito. Legítimo e oficial, porque conquistado democraticamente, como convém a um clube que se considera do povo, em um festival. Tão bom, foi plagiado por um honesto general que aproveitou a melodia para colocar a letra de uma propaganda ufanista da ditadura: “Este é um país que vai pra frente...” Num desses sites da vida, a obra da Mariinha é chamada de “hino velho”. Velho é o...Quanto ao hino do Guarani... Que Guarani? Acabou? No Brasil já existem mais ex-BBBs do que índios guarani e torcedores do guarani. Pregado no poste: “Sem essa de sete anões, Branca de Neve era pedófila!”