Nível de reservatórios está baixo devido à reduzida quantidade de chuva em 2013
Atibainha: problemas poderão começar em abril, durante a estiagem (Cedoc/RAC)
Com o nível baixo dos reservatórios do Sistema Cantareira, os gestores do sistema reduziram em 64% a vazão de água para os rios da região de Campinas. De 3 metros cúbicos por segundo (m3/s) que vinham sendo liberados para o Jaguari e o Atibaia, a região passou a receber 1,92 m3/s. A represa Jaguari está liberando 1,25 m3/s, a represa Cachoeira 0,33 m3/s e a Atibainha, 0,34 m3/s. As duas últimas formam o Rio Atibaia, responsável por 95% do abastecimento de Campinas.
A redução da vazão é resultado da preocupação dos gestores com a pouca quantidade de chuva no Sistema Cantareira, e que poderá gerar problemas a partir de abril, quando chega o período de estiagem. Embora não haja perigo de desabastecimento, a falta de chuva obriga a redução da vazão e o aumento da poluição dos rios, encarecendo o tratamento da água distribuída.
A média histórica é de 259,9 mm de chuva em janeiro, mas este ano choveu 146,7 mm (43,5% menos). Em janeiro de 2012, a chuva foi de 336,5 mm (29,4% acima da média).
O acordo conjunto da Agência Nacional de Águas (ANA), Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e a Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ, definiu por deixar dois dos reservatórios do sistema, o Atibainha e o Cachoeira, com volume de espera superior a 50%.
Essa decisão levou em conta que, com chuvas intensas, enchem mais rápido que o outro reservatório que abastece a região, o Jaguari. Assim, com nível baixo, a previsão é que os reservatórios aguentem e não seja necessário abrir comportas, evitando o agravamento de enchentes na região de Atibaia. Mas está chovendo menos que o esperado.