JOAQUIM MOTTA

Upgrade sexual

28/03/2014 às 05:00.
Atualizado em 27/04/2022 às 00:41

O historiador inglês F. Dabhoiwala indica que a principal revolução sexual, na opinião dele, verdadeiramente “a primeira”, foi a que se deu nos séculos 17 e 18, integrada ao Iluminismo.Nós estamos habituados a levar em conta aquela que situamos na metade do século passado, desde o aparecimento da pílula anticoncepcional e os avanços feministas.Já existem até alguns defensores de uma nova revolução sexual, depois da abertura homo e bissexual.Também nos acostumamos às transformações culturais que a nossa era tecnológica e da informação cria todo dia, ou mesmo a cada minuto, exigindo rápida adaptação e permanente atualização diante de tudo o que surge.A vida sexual também exige um upgrade.Um dos aspectos mais revolucionários da atualidade sexual é a sexualidade das pessoas maduras e idosas.A jornalista e escritora americana Iris Krasnow lançou nos EUA, recentemente, o trabalho: “Sex After...: Women Share How Intimacy Changes as Life Changes”.Neste livro, a autora mostra a curiosa situação em que mulheres que passam dos 70 anos conseguem aproveitar melhor o erotismo e o prazer do que muitas jovens.Há aspectos íntimos, conversas surpreendentes e reveladoras que ela apresenta e discute. Resumidamente, é como se as mulheres mais maduras se comportassem de modo mais confiante e aventureiro em suas intimidades.Menos preocupada com a própria imagem, desencanada com o que poderia causar nos outros, livre de preocupação estética exagerada, a mulher idosa não se incomoda se o parceiro não a considera bela e atlética.Assumida como envelhecida mas também revalorizada e esclarecida em seus detalhes mais íntimos e sexuais, ele pode se abrir amplamente e aproveitar intensamente o erotismo.Se não tiver parceiro – há muito mais mulheres nas faixas senis do que homens – a mulher madura se exercita com vibradores e acessórios, vencendo o preconceito de pecar com a masturbação.Quando dispõe de parceiro, ela não se inibe de indicar a ele que tome algum medicamento desses que auxiliam na ereção (Viagra e sucedâneos: Cialis, Helleva e outros).A atividade sexual das mulheres mais velhas tem sido também acelerada em algumas surpresas.Em geral, devido à menopausa, as transformações hormonais fazem mesmo algum estrago no corpo feminino.Há fatos como a diminuição da lubrificação, distrofias na vulva e na vagina. Ginecologistas indicam muitas vezes lubrificantes artificiais para suprir a falta da nutrição mecânica original.Porém, as boas paixões parece que reciclam intensamente o desejo, de modo que a lubrificação reaparece...A mulher madura que não lubrifica talvez seja um mito, sustentado por uma sexualidade minguada e modorrenta, quando não esquecida.Em todas as idades, podemos observar essa situação com as mulheres – se não houver um bom envolvimento emocional, o erotismo enfraquece ou mesmo desaparece...Também se reconhece em qualquer faixa etária que é essencial a qualidade do envolvimento sexual. Sexo em quantidade lembra mais compulsão do que prazer.Bom humor, inspiração lúdica e a entrega corporal mais íntima e intensa promove muito divertimento, entusiasmo erótico e prazer orgástico intenso.A saúde sexual, hoje, é algo tão importante quanto a higidez física e emocional.As atualizações importantes que nos solicitam entrar em forma física, a ginástica e as tentativas de evitar a vida sedentária também implicam um upgrade sexual.Barry Komisaruk, pesquisador da Universidade Rutgers, no estado de Nova Jersey, Estados Unidos, desenvolveu um trabalho interessante.Ele revelou que o sexo é melhor do que os passatempos intelectuais (como, por exemplo, palavras cruzadas).O estudo desse autor concluiu que, durante o clímax sexual, como acontece em qualquer exercício físico, há um aumento no fluxo de sangue, fazendo com que mais nutrientes e oxigênio cheguem ao cérebro.Os exercícios mentais, como certos passatempos, palavras cruzadas e sudoku, aumentam a atividade cerebral em regiões localizadas. O prazer do orgasmo é mais abrangente, ele ativa o cérebro como um todo.]Informe-se sobre o nosso GEA (Grupo de Estudos do Amor). Detalhes no site: www.blove.med.br

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por