O item estava exposto no Centro de Vivência, um pátio de reunião entre os alunos, e foi retirado pelos próprios estudantes ( Reprodução)
A vice-presidente da Comissão da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Beth Sahão (PT) protocolou requerimento, nesta segunda-feira, 22, que convoca o diretor da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiros/Universidade de São Paulo), Luiz Gustavo Nuccio, para prestar esclarecimento sobre o caso das estudantes que tiveram suas intimidades expostas em cartaz fixado em uma parede do Centro de Vivência do campus.O documento será analisado nesta quarta-feira, 24 , às 14h30, em reunião da Comissão presidida pelo deputado Carlos Bezerra (PSDB). O grupo conta com 11 membros e caso o pedido seja aprovado, será encaminhado oficialmente ao diretor da universidade.O fato causou revolta entre grupos da universidade e uma Comissão Sindicante foi formada para apurar a situação, dentro do campus. O cartaz fixado na Esalq era composto por colunas que atribuíam, com palavra de baixo calão e termos como "teta preta", “b.... fedida” e “sociedade dos anéis”, as supostas características das estudantes listadas pelos apelidos com que foram batizadas no campus, além do número de pessoas que teria mantido relações. “É dever da Assembleia Legislativa, por meio de sua Comissão de Direitos Humanos, garantir que tais denúncias sejam apuradas, de modo inclusive a prevenir que essa prática continue. Diante do exposto”, explanou Beth, no documento.CPIA deputada estadual Beth Sahão (PT) também coleta assinaturas para a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que deve apurar a questão de vídeos que expõem a intimidade sexual de adolescentes na periferia de São Paulo, conhecido como TOP 10. Segundo informações da assessoria de imprensa da deputada, ela analisa incluir o caso da Esalq na CPI, caso seja instaurada. ESALQPor meio de nota a Esalq informou que no início do mês de junho, a Diretoria tomou ciência da existência de material que foi exposto no mural do Centro de Vivência do campus e colocou uma Comissão Sindicante para apurar os fatos. A assessoria também informou que o diretor da instituição de ensino ainda não tomou conhecimento sobre o caso.
