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Unesp lidera ranking de IPv6 na América Latina

Migração do IPv4, que completou 30 anos em janeiro, é necessária porque o estoques de endereço só vai até 2014

16/04/2013 às 15:54.
Atualizado em 25/04/2022 às 20:09
O coordenador de Grupo de Rede Carlos Coletti diz que a Unesp começou autalização em 2009 e em 2010 iniciou a sua troca de ativos (Divulgação)

O coordenador de Grupo de Rede Carlos Coletti diz que a Unesp começou autalização em 2009 e em 2010 iniciou a sua troca de ativos (Divulgação)

MIGRAÇÃOdo IPv4, que completou30 ANOSem janeiro, é necessária porque o ESTOQUE DE ENDEREÇOSIPs no Brasil tem PREVISÃO DE ACABARem 2014

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[CREDTEXTO_2L]Nice Bulhões[/CREDTEXTO_2L]

[PROCEDENCIA]ESPECIAL PARA A AGÊNCIA ANHANGUERA[/PROCEDENCIA]

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A Universidade Estadual Paulista (Unesp) saiu na frente e ocupa lugar de destaque no ranking de acessos a provedores que com o IPv6, nova versão do Protocolo Internet (IP), que substitui o IPv4, em uso atualmente e que está perto de atingir o limite da capacidade. A Unesp é a primeira na América Latina e 18 na lista geral.

O levantamento sobre estatísticas de acesso aos grandes provedores de conteúdo utilizando o IPv6 é da Internet Society (Isoc) e foi divulgado no último dia 22. “Apenas empresas inscritas na Isoc, no ano passado, tiveram o acesso medido pelos colaboradores Google, Yahoo e Facebook”, explica Antonio Moreiras, coordenador do projeto IPv6.br no Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

“Pode ser que outros provedores brasileiros tenham medida maior de acesso, mas desconhecemos porque não se inscreveram em 6 de junho de 2012 na Isoc”, diz Moreiras. “Essa porcentagem da Unesp mostra que a universidade está na vanguarda em termos de tecnologia diante de sua grande rede decorrente da descentralização de seus campi.”

Moreiras lembra que outras instituições de Ensino Superior também implantaram o IPv6, como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e outras deram início ao processo, como a Universidade de São Paulo (USP).

A migração do IPv4, que completou 30 anos em janeiro deste ano, para o IPv6, segundo Moreiras, é necessária já que o estoque de endereços IPs no Brasil, distribuídos pelo NIC.br, tem previsão de acabar em meados de 2014. “Em algumas regiões, como Ásia e Europa, não existem mais endereços IPs para distribuir.”

A posição da Unesp (18,3% de sua rede total acessa grandes provedores que usam o IPv6) está próxima à da Hurricane Electric, empresa global provedor de serviços de internet e um dos maiores fornecedores do mundo de rede IPv6, com tráfico de 24,72%, e da Verizon Wireless, maior operadora de rede móvel dos Estados Unidos, com tráfego de 23,63%.

“No Brasil, o assunto IPv6 começou a ser discutido entre 2007 e 2008. A Unesp começou a sua atualização em 2009 e em 2010 deu início à troca de seus ativos de rede” (switches), explica o coordenador do Grupo de Rede de Computadores da Unesp, Carlos José Rosa Coletti. No mesmo ano, solicitou ao Registro.br/NIC.br faixas de endereço pelo IPv6 para a rede, acrescenta.

Segundo ele, outras duas instituições brasileiras aparecerem nesse ranking restrito, os Pontos de Presença da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (PoPs-RNP) da Bahia (Universidade Federal da Bahia) e de São Paulo (USP).

A universidade enfrentou alguns desafios, mas, em 2011, o site principal usava o IPv6, ao mesmo tempo em que estavam sendo treinados mais de 70 administradores de rede das 34 unidades da universidade.

“Em 2012, a Unesp passou a contar com uma instrução normativa que possibilitou a disseminação em massa do novo protocolo em suas unidades. Foram realizados workshops para explicar a iniciativa a todos os departamentos de informática da instituição. Atualmente, 10% de todo o tráfego de internet da universidade é transportado em IPv6, além de 70% dos sites de conteúdo.”

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