Coluna publicada na edição de 20/5/18 do Correio Popular
Com quatro vitórias e duas derrotas, o Guarani fechou a 6ª rodada da Série B de 2017 com 12 pontos. O aproveitamento de 66,7% deixou a equipe na vice-liderança, à frente do poderoso Internacional. A excelente performance durou por mais algum tempo e o time chegou a liderar o campeonato. A expectativa era de que o time brigaria pelo acesso à Série A. Mas, na 38ª rodada, o time estava com a mesma pontuação do rebaixado Luverdense, superado apenas no número de vitórias. Em 2018, a largada não teve brilho. Com duas vitórias, um empate e três derrotas, o time ocupa uma posição intermediária. Em sua sexta partida, conquistou o primeiro ponto como visitante diante do Goiás, no Serra Dourada. O resultado foi muito pior para o adversário, que tem apenas dois pontos e saiu de campo vaiado por uma torcida que não se conforma de ver uma equipe com um orçamento tão alto na zona de rebaixamento. Apesar da má fase e do futebol pobre apresentado pelo Goiás, o empate não pode ser considerado um resultado ruim. O adversário precisava da vitória a qualquer preço e o Bugre não permitiu que esse objetivo fosse alcançado. O problema foi que o time deixou a primeira vitória escapar aos 47’ do 2<SC210,186> tempo. O campeonato mal começou e o time já perdeu três pontos com gols nos acréscimos (na estreia, o empate contra o Fortaleza escapou com um gol aos 49’). Isso para não falar na derrota no Dérbi, resultado que ainda será lamentado por muito tempo no Brinco. O Guarani, porém, precisa olhar para a Série B como um todo. O clube não tem um orçamento que o credencie como favorito, o que talvez possa mudar com um eventual acordo de terceirização do futebol. Mas, por enquanto, o Guarani é um time que trabalha para se manter na Série B, de preferência sem o sufoco de 2017. Diante disso, a campanha é normal. Mesmo assim, as críticas se intensificam e a pressão sobre Umberto Louzer aumenta. Justo ou não, o momento requer novas atitudes do treinador. Se algumas peças que foram brilhantes na conquista do acesso ao Paulistão não estão rendendo na Série B, Umberto precisa testar outras. O lateral Pará, volante Willian Oliveira, o meia Guilherme e o atacante Kauê foram contratados para a Série B. Talvez tenham mais a mostrar do que alguns que se destacaram na A2, mas estão rendendo pouco agora. Umberto precisa fazer alguma coisa diferente. A sensação da torcida e possivelmente da diretoria é de que o time está rendendo menos do que pode.