EDITORIAL

Uma visão de futuro para Campinas

Correio Popular
19/05/2013 às 06:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 15:31

Não são poucos os que apostam na Região Metropolitana de Campinas (RMC) como um verdadeiro polo de desenvolvimento, berço ideal para os investimentos, pela diversidade de atividades econômicas em franco estágio de crescimento. O potencial local é reconhecidamente favorável por todos os indicadores que se usem, exigindo uma atenção redobrada para prover a estrutura indispensável para abrigar os empreendimentos.

Em uma visão antecipada do futuro do município, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Juan Quirós, diagnostica a falta de um plano estratégico para Campinas, considerando as vocações da cidade em todas as áreas de atividade, pavimentando um caminho para a exploração completa do potencial produtivo. Em entrevista nesta edição, cita o Aeroporto de Viracopos como um item estratégico fundamental, destacando a importância de se criarem benefícios logísticos de apoio ao fluxo de importação e exportação.

Campinas vem de um longo período quando as providências vinham sendo tomadas em razão emergencial. Os problemas surgidos eram equacionados numa visão imediatista que oferece alívio para as situações, sem oferecer o definitivo remédio. Assim, ao passo do desenvolvimento experimentado, acumulou o município um passivo altíssimo de infraestrutura que não condiz com a capacidade empreendedora local. As últimas gestões municipais ficaram apenas adotando medidas pontuais, com um ou outro investimento com visão de maior escala. Nesta medida estão a construção de uma nova estação rodoviária, as estações de tratamento de esgotos, os anéis rodoviários, a própria expansão de Viracopos, que determinam o início de uma base estrutural razoável, mas também sinalizam para o muito que ainda está por ser feito. O sistema viário caótico, os transportes urbanos limitados, os obstáculos ao crescimento imobiliário, a regularização de bairros, tudo converge para a necessidade de uma ação de planejamento que se impõe com urgência.

É passada a hora de Campinas pensar a longo prazo, discutir seus desafios e problemas de forma a mirar o futuro. Pensar em estratégia implica na discussão de temas como tecnologia, economia, urbanismo, saúde, educação, meio ambiente, sistema viário, entre outros, de forma a conceber uma cidade mais sustentável, mais gentil e mais organizada para as gerações futuras. O caos que impera em várias áreas e setores precisa ser combatido, mas se ficar apenas em soluções paliativas e emergenciais, mais uma vez Campinas perderá o bonde da história.c

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