Difícil prever quem vai se dar melhor com a surpreendente troca entre os rivais Corinthians e São Paulo. No momento, ambos estão apenas trocando um problema por outro. Fora de forma, Jadson tem sido ignorado por Muricy Ramalho neste início de temporada. No Parque São Jorge, Alexandre Pato é criticado por uma torcida cada vez mais impaciente. Resta saber se um dos dois vai se recuperar com a camisa de um rival.Tecnicamente, Alexandre Pato é muito superior a Jadson, jogador que só chegou à Seleção Brasileira porque o técnico era Mano Menezes, que, evidentemente, foi a favor da troca. Seu relacionamento com Pato estava totalmente desgastado e, com Jadson, ele deve se dar muito bem.Pato merece as críticas que tem recebido porque age com inadmissível indiferença a momentos de crise. Cobrou com desleixo um pênalti decisivo na Copa do Brasil e em nenhum momento se mostrou incomodado com a reserva.Mas, mesmo sem ser titular, Pato foi o vice-artilheiro da equipe na temporada passada, com 17 gols. É muito mais talentoso do que Jadson e se levasse a carreira a sério, certamente estaria entre os 23 nomes que serão convocados por Felipão para a Copa do Mundo.O problema é que para Pato tudo parece ser indiferente. Tanto faz se o Corinthians se classificou ou não na Copa do Brasil, tanto faz se ele custou R$ 40 milhões e foi trocado por um reserva fora de forma de um rival e tanto faz se ele vai disputar uma Copa do Mundo em seu país ou não.É por isso que é difícil prever o que ele pode fazer com a camisa do São Paulo, ainda mais se for verdade que Rogério Ceni, líder do elenco tricolor, ainda não esqueceu as provocações do Paulistão do ano passado.Muricy pode fazer de Pato um jogador vibrante? Talvez... Com Ganso, por exemplo, ele ainda não conseguiu isso. E será que o São Paulo vai se dar bem em uma competição tão difícil como o Brasileirão com dois jogadores que não são vibrantes, que não se envolvem com a partida do jeito que a torcida espera?Também não espero muito de Jadson. Primeiro porque ele não tem tanta qualidade. No seu auge, não é um jogador de Seleção Brasileira. E no Morumbi também se acomodou diante de algumas adversidades.Seria bom para o futebol paulista que os dois se transformassem em seus novos clubes. Que trocassem a acomodação pelo empenho necessário sem o qual jamais serão capazes de justificar os salários milionários que recebem.