JOGO RÁPIDO

Uma preocupação para os gigantes

Coluna publicada na edição de 30/6/18 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
carlo@rac.com.br
29/06/2018 às 17:15.
Atualizado em 28/04/2022 às 14:24

A Copa do Mundo entra hoje em sua fase mais emocionante e dramática. No período de grupos, favoritos costumam avançar sem maiores dificuldades. Um ou outro sofre um pouco, mas consegue se recuperar. E, com certa frequência, algum fica inexplicavelmente pelo caminho. Na Rússia-2018 aconteceu com a campeã Alemanha, assim como no Brasil-2014 aconteceu com a campeã Espanha e na África do Sul-2010 com a campeã Itália. Como se vê, é uma fase em que gigantes costumam fracassar. Em 2014, Itália, Inglaterra e Portugal de Cristiano Ronaldo também disputaram apenas três partidas e foram embora. Na fase eliminatória, o fenômeno é inverso. É raro ver uma seleção de menor expressão avançar no mata-mata. A última finalista sem tradição foi a Tchecoslováquia, derrotada pelo Brasil no Chile-1962. Depois disso, chegaram a decisões Inglaterra (1), Alemanha (7), Brasil (4), Itália (3), Holanda (3), Argentina (4), França (2) e Espanha (1). As 13 decisões envolveram apenas oito países. Fica claro que as equipes menos tradicionais até conseguem aprontar uma ou outra surpresa na fase de grupos, mas encontram enormes dificuldades no mata-mata, onde o nível de concentração dos favoritos é maior. Nessa hora, a Copa separa os homens dos meninos e a camisa pesa. É por isso que, nas últimas seis edições, o México foi eliminado seis vezes nas oitavas de final. Entre os 16 classificados, temos apenas cinco campeões. Um deles (França ou Argentina) já cairá nas oitavas e, portanto, teremos no máximo quatro “grandes” nas quartas de final. É um número baixo, mas ainda assim é improvável que uma zebra esteja em campo na grande final do dia 15 de julho. Entre as novidades, só vejo uma com força suficiente para sobreviver às oitavas, às quartas e à semi. É a Bélgica, que já chegou forte ao Brasil em 2014 e foi ainda mais bem preparada à Rússia. Embora não a veja como favorita, é uma seleção que tem condições de deixar gigantes pelo caminho. Tem um grande goleiro, uma defesa sólida, um meio-campo que mescla força e talento e um centroavante que vive a melhor fase de sua carreira. A Bélgica é o menino com que os homens devem se preocupar na Rússia. Fecho a coluna com meus palpites para as oitavas. Estou tão mal no bolão da RAC que não deveria me aventurar, mas lá vai: França x Argentina (França); Uruguai x Portugal (Uruguai); Espanha x Rússia (Espanha); Croácia x Dinamarca (Croácia); Brasil x México (Brasil); Bélgica x Japão (Bélgica); Suécia x Suíça (Suécia) e Colômbia x Inglaterra (Inglaterra).

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