O Bayern de Munique fez mais do que vencer o Barcelona nesta terça-feira, na abertura da semifinal da Liga dos Campeões. O Bayern fez mais do que colocar um pé na grande final de Wembley. O Bayern fez mais do que um impressionante placar de 4 a 0 em um dos maiores times da história do futebol.
O Bayern, mais do que tudo isso, se candidatou ao posto de sucessor do Barcelona como time mais poderoso do planeta.
O Barça não é um time decadente, Messi é indiscutivelmente o melhor jogador do mundo e é certo que a equipe também está entre as melhores por muitos anos. O Barcelona também perdia títulos na época de Pep Guardiola, mas após a saída do treinador, o time não tem a mesma força. Isso ficou claro em Munique porque a equipe de Tito Vilanova mal conseguiu finalizar contra o gol de Neuer, que saiu de campo com seu uniforme limpo.
Apesar de ter marcado dois gols questionados pelos espanhóis, o Bayern obteve uma vitória incontestável, que não pode ser atribuída ao acaso. Quando foi eliminado pelo Chelsea na edição anterior, o Barça jogou melhor, criou muitas chances, perdeu pênalti e foi derrotado no contra-ataque.
Nesta terça foi totalmente diferente. O Bayern não deixou a máquina catalã funcionar. O Barça teve a posse de bola como sempre, mas não conseguia passar da intermediária repleta de aplicados jogadores de vermelho. Os atacantes ajudaram na marcação, os volantes foram impecáveis e os defensores fizeram um jogo sem erros. Resultado: o poderoso ataque catalão não funcionou.
Eficiente sem a bola, o Bayern foi agressivo com ela. Explorou as jogadas aéreas, atacou pelas laterais, atacou pelo meio... Resumindo: atropelou o Barcelona, que há 16 anos não sofria uma derrota como essa.
Não é apenas uma grande atuação que pode colocar o Bayern no topo do futebol mundial. Na verdade, o time já atravessa uma excelente fase e tem tudo para ficar ainda melhor. Guardiola, o criador do magnífico Barcelona, será seu próximo treinador. E terá em mãos um elenco ainda melhor do que o atual. Ainda nesta terça, o clube anunciou a contratação do excelente meia-atacante Götze, por R$ 97 milhões. E as contratações não devem parar por aí. É bem possível, portanto, que o mundo do futebol esteja assistindo ao início de uma nova era.