Um pouco de Ponte e Guarani

Saio de férias no início da semana e por isso vou deixar para escrever sobre a grande final da Copa das Confederações nas edições de domingo e segunda-feira. Hoje, o papo será sobre como Ponte Preta e Guarani aproveitaram o intervalo sem compromissos pelas Séries A e C.

Vamos começar pelo Majestoso, que viveu dias mais agitados, com a contratação de um novo técnico e a venda de jogadores importantes. Logo após a derrota para o Botafogo, a Macaca negociou com Silas, mas o treinador não aceitou o convite. Em seguida, veio o acerto com Paulo César Carpegiani.

Acredito que a Ponte ganhou com a troca. Além de Carpegiani levar muita vantagem no que se refere a experiência e currículo, o momento de Silas não é bom. Depois do sucesso no Avaí, não conseguiu realizar grandes campanhas e sua última passagem pelo Náutico foi um desastre. É claro que Carpegiani também não vive o seu auge, mas já comandou duas seleções, dirigiu grandes clubes do País e conquistou títulos importantes.

É preciso ter consciência, porém, que Carpegiani tem um ótimo currículo, mas não é mágico. A Ponte perdeu quatro jogos em cinco rodadas e ainda vendeu Cleber e Cicinho, dois de seus melhores jogadores. Não critico a decisão de negociá-los, já que o clube alcançou bons valores nas duas transações. Erro seria liberá-los por um valor baixo só por que os dois "queriam sair".

Após a venda, a diretoria anunciou que vai contratar três ou quatro jogadores que serão titulares. É muito importante que se alcance essa meta de forma rápida. A situação do clube não é desesperadora, mas o mercado está bem agitado esse ano e, com o passar do tempo, as boas opções vão diminuindo. E é importante lembrar que Cicinho e Cleber eram titulares inquestionáveis. Os reforços não precisam ser caros e consagrados, mas precisam ter qualidade.

O Guarani vive um momento diferente. O elenco sofreu poucas alterações e é de se lamentar que, por problemas contratuais, o clube não tenha ainda efetivado o empréstimo do atacante Henan, do Red Bull. O atacante e o time perderam um precioso tempo de treinamento. No mais, apenas uma ou outra troca de peça. A comissão técnica aproveitou bem a paralisação, com um período intenso de treinos.

Nos bastidores, a diretoria está perto de anunciar o novo patrocinador principal, acordo que será decisivo para que o clube consiga cumprir a sua obrigação de pagar os salários até o final da temporada. O trabalho inicial do técnico Tarcísio Pugliese deixou uma boa impressão e a tendência é que o time cresça durante a competição.