O assunto da coluna é o jogão desta quinta-feira entre São Paulo e Atlético Mineiro. Mas antes um breve comentário sobre o fantástico Bayern. Campeão alemão e finalista da Liga dos Campeões e da Copa da Alemanha, esse timaço impôs duas derrotas humilhantes e históricas ao Barcelona. Em Munique, os espanhóis perderam por 4 a 0, o que não acontecia há 16 anos. Nesta quarta-feira, a torcida do Barça viu seu time perder por 3 a 0, o que não acontecia no Camp Nou desde dezembro de 2002, quando Messi era um menino de 15 anos.
O Bayern surpreendeu o mundo com duas vitórias incontestáveis. O placar agregado foi de 7 a 0, mas poderia ter sido de 10 ou mais. O que aconteceu na semana passada não foi uma exceção, um jogo no qual o Bayern se superou e teve a sorte a seu lado. Os alemães foram muito melhores em todos os aspectos do jogo durante 180 minutos e não chegaram a esse placar fantástico por acaso.
Da Champions para a Libertadores. Dois colegas são-paulinos aqui da redação insistem para que eu escreva novamente que o Atlético é favorito no Morumbi, já que no encontro anterior o Tricolor venceu por 2 a 0.
Nesta quinta, não vejo o Galo como favorito. Nem o São Paulo. A tendência é de uma partida muito equilibrada. O empate é o mais provável ou no máximo uma vitória por um gol para qualquer lado. Qualquer um desses resultados, porém, será bom para os atleticanos, que vão decidir a vaga em Belo Horizonte. O São Paulo precisa ao menos de dois gols de vantagem para viajar em uma situação mais confortável.
No jogo anterior, o Atlético entrou em campo com a liderança do grupo mais do que garantida. Estava invicto e não tinha nada a perder.
O São Paulo vivia situação inversa. Não vinha jogando bem, estava sob enorme pressão e corria o risco de ser o único brasileiro eliminado na primeira fase.
Resultado: o São Paulo deu o seu máximo, marcou muito bem e, apesar de também ter criado poucas chances, soube aproveitá-las. O Arsenal ajudou ao vencer o The Strongest e o Tricolor avançou às oitavas.
A pressão sobre o Tricolor agora é bem menor e o desafio do técnico Ney Franco é trabalhar para que o time não relaxe justamente por não ter a corda no pescoço. É bem provável que o Atlético, escaldado pela derrota anterior, entre em campo com mais disposição. No jogo da primeira fase, mal conseguiu chutar contra a meta de Rogério Ceni. Ronaldinho Gaúcho alertou que na fase de mata-mata será diferente e ele tem razão. O São Paulo pode até vencer de novo, mas dificilmente conseguirá anular o Galo daquele jeito.
Será um grande duelo. Vejo o Atlético como um time mais completo, mas permitir que o São Paulo seguisse na competição foi uma falha que pode custar caro. Com três títulos e muita experiência na Libertadores, o Tricolor pode crescer na fase eliminatória, apesar da má fase de seu camisa 9 e da falta de participação de seu camisa 8.