Um passo além

Foto: Cedoc/RAC Eduardo Gregori Todo mundo reclama dos programas de milhagem. Eu, inclusive, nos meus tempos de repórter, escrevi diversas matérias sobre o assunto, e com muitos clientes reclamando. O benefício de voar “de graça” que as companhias aéreas dão, de maneira geral nunca batem com as datas que queremos, ou pontos e milhas que temos. Difícil é, mas não impossível. No ano passado, usei meus pontos para viajar à Espanha, o que foi providencial em um momento de vacas magras para o meu bolso. A grande questão é que os programas de fidelização nos deixam um tanto quanto amarrados. As empresas aéreas até flexibilizaram um pouco com a participação das alianças ou seja, é possível acumular em uma companhia e voar em outra. Mas esse cenário pode estar finalmente mudando. A Azul anunciou na semana passada uma parceria com um site de vendas de passagens. Nessa parceria, os pontos do programa de fidelidade podem ser utilizados para compras de passagens para voos internacionais em qualquer outra companhia aérea estrangeira. A mudança abre inúmeras possibilidades para o passageiro, que pode escolher companhia, horário e dia, independente de alianças, disponibilidade de assentos para fidelidade, ou seja, sem qualquer restrição. Além disso, a companhia não seguirá a métrica do mercado. A conversão vai depender da lei da oferta e da procura. Mais lugares, menos pontos e o inverso. A ideia favorece e muito o passageiro.Eduardo Gregori é editor de Turismo do Correio Popular