Editorial

Um hábito que pode salvar muitas vidas

Lavar as mãos é o primeiro passo em direção à preservação da nossa saúde e constitui uma barreira de proteção ao coronavírus

Correio Popular
05/05/2021 às 12:02.
Atualizado em 15/03/2022 às 20:36

Um hábito que pode salvar muitas vidas

Hoje, 5 de maio, é o Dia Mundial da Higienização das Mãos, uma campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem como objetivo incentivar a prática dessa atitude básica de higiene. A campanha existe há 14 anos, mas somente agora ganhou a relevância e a atenção que merece por conta da pandemia. O simples cuidado de lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel previne doenças transmitidas por vírus, bactérias e parasitas, como conjuntivite, sarna, herpes simples, gripe e resfriado e, agora, a covid-19.

Os povos orientais, especialmente os chineses, japoneses e coreanos, estão acostumados a usar máscaras faciais de proteção, lavar as mãos várias vezes ao dia, além de outros cuidados, como espirrar reservadamente e evitar apertos de mão, abraços e beijos. São atitudes que protegem as pessoas de doenças. No Ocidente, até bem pouco tempo, os hábitos asiáticos eram incomuns e estranhos aos nossos olhos, mas agora os praticamos com adesão quase que plena.

Diante da tragédia sanitária que se abate sobre o Brasil, com mais de 400 mil mortos, o vírus circulando livremente em todo o território nacional e ameaça de uma terceira onda, é preciso reconhecer a importância dessa campanha. Lavar as mãos é o primeiro passo em direção à preservação da nossa saúde e, associada ao uso de máscara e ao distanciamento social, constitui uma barreira de proteção ao coronavírus cientificamente comprovada e possível de ser praticada por qualquer pessoa. Uma atitude que pode salvar a sua vida e a dos outros.

Vale lembrar que no final do século XIX, Campinas foi abalada por outra grande tragédia sanitária, mais intensa e dramática do que a atual: a febre amarela, que dizimou quase metade da sua população na época. Um importante fator de transmissão da moléstia era a péssima condição sanitária da cidade. Acrescente-se ao fato de que os moradores não tinham bons hábitos de higiene. Rotinas como descarte de dejetos na rua, entre outras práticas que hoje soariam inadmissíveis, eram comuns. O tempo passou e a cidade aprendeu a lição e, de lá para cá, muita coisa mudou.

Agora, com a pandemia do coronavírus, a população campineira certamente vai superar mais este pesadelo, aprendendo e praticando as lições deixadas por ela. Uma adaptação que já custou milhares de vidas, mas que pode salvar muitas outras ainda, seguindo-se o que a ciência recomenda como forma de prevenção.

Muita saúde para todos!

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por