Líder, invicta e com 75% de aproveitamento no Campeonato Paulista. A largada da Ponte Preta é excepcional e a torcida curte, pela segunda rodada consecutiva, a presença do time no topo da tabela. Ninguém faz uma campanha desse nível por acaso. Entre os fatores que contribuem para o ótimo início de ano, destaco a eficiência da diretoria na formação do elenco.
O ano mal começou e o time fez apenas oito jogos, mas, mesmo assim, Guto Ferreira já utilizou bem mais do que ‘11 titulares’. A Ponte tem sido competitiva desde a 1ª rodada, quando Guto Ferreira ainda não tinha todas as peças à disposição. Depois disso, mesmo quando atuou desfalcada, conseguiu manter a regularidade.
Isso acontece porque o time não cai de produção quando atua sem alguns titulares. Sem Ramirez, a Ponte Preta empatou com o São Paulo no Morumbi, na única partida até aqui na qual o Tricolor perdeu pontos como mandante. Em Itu, Guto poupou alguns jogadores para prevenir lesões e, embora não tenha vencido, viu sua equipe jogar no mesmo ritmo e dominar o adversário.
A vitória de domingo contra o Santos também demonstrou a força do elenco. Alguns titulares jogaram muito bem e se destacaram. Cleber fez outra grande partida, com exceção do desnecessário e arriscado empurrão em Neymar, que poderia ter provocado sua expulsão.
Bruno Silva, que começou o ano com a difícil missão de substituir Renê Júnior, tem jogado muito. Abriu o placar após receber um lançamento preciso e inteligente de Ramirez. No 2º gol, quem fez um passe sensacional foi Cicinho, outro destaque.
Mas, além desses titulares de quem a torcida já espera grande atuações, a Ponte conta com reservas que têm contribuído de forma decisiva para a excelente campanha.
Dessa turma fazem parte jogadores como Diego Rosa, Alemão e Wellington Bruno. O primeiro demorou para estrear, mas foi logo marcando gol e ganhou a confiança do treinador. Alemão vinha fazendo boas atuações, mas mostrou seu valor justamente contra o ex-clube, no qual marcou dois gols. Wellington foi discreto no início e perdeu a posição para Ramirez. Mas desde então, ele vem evoluindo. Contra o Santos, tirou de um lance perdido o terceiro gol da Ponte, em um momento em que o adversário buscava o empate na base do desespero.
A Ponte não lidera o Paulistão por acaso. Tem um elenco competitivo e homogêneo, o que permite a Guto Ferreira trabalhar bem mesmo quando não pode contar com titulares importantes.