O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, tem se projetado nos cenários políticos nacionais, com o trabalho de coordenar a aquisição e distribuição de vacinas anti-covid, por meio de um consórcio. Reeleito para o cargo em 24 de março de 2019, encerra seu mandato neste mês. O ex-prefeito de Campinas poderá assumir a presidência do Conselho dos Ex-presidentes da FNP.
Futuro do Presente
Jonas teve, desde o agravamento da crise mais aguda da pandemia, um protagonismo inédito para políticos fora de cargos eletivos. Com o nome colocado para a disputa eleitoral de 2022, e na expectativa de legenda para vice-governador ou ao Senado, o ex-prefeito se articula para continuar na crista da onda e surfar até outubro do ano que vem. Entre as opções, poderá ocupar a coordenação de campanha regional de imunização.
A imparcialidade da Justiça é similar à racionalidade da ciência, Edson Fachin, ministro do STF
BOM SAMARITANO
Jair Bolsonaro ocupou os microfones de rede nacional, ontem à noite, para proferir mensagem à Nação. Após acelerar a substituição de Eduardo Pazuello por Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde, o presidente exaltou a produção nacional de vacinas e se colocou como intermediário na compra de vacinas da Pfizer e a Jansen. Mudou o tom drasticamente.
BOM SAMARITANO 2
Bolsonaro encerrou a fala sustentando que as vacinas estão garantidas: “Muito em breve voltaremos à vida normal”. E mais: “Somos incansáveis na defesa da vida”. Em um dia de recorde de mortes: 3.251 brasileiros em 24 horas. Brasileiro é mesmo bonzinho.
REINGRESSO
Projeto de lei de autoria do vereador Permínio Monteiro (PSB) instituindo o Programa de Capacitação Profissional e Empreendedorismo em Campinas foi aprovado pela Câmara Municipal.
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Na modalidade EAD, o programa proposto por Permínio visa a oferecer recolocação no mercado a pessoas desempregadas.
DESPEJO ZERO
O vereador Carlinhos Camelô protocolou projeto de lei para a suspensão de medidas judiciais e extrajudiciais para o despejo, desocupações ou remoções forçadas de famílias, enquanto perdurar a pandemia.
RESQUÍCIO
O PSDB nacional reforçou ontem junto ao STF o volume de ações interpostas para questionar o uso da Lei de Segurança Nacional (LSN) contra opositores do governo. Os tucanos chamam a medida de “resquício da ditatura militar”. Agora são três ações com esse objetivo.
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Na peça inicial, o PSDB considera a LSN “completamente incompatível com a ordem constitucional inaugurada pela Constituição Federal de 1988”.
OCUPAÇÃO
Ante a omissão de Jair Bolsonaro na coordenação das ações de compra de imunizantes e de vacinação, os presidentes da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL) , e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) têm ocupado espaços significativos e preenchido lacunas. Nos últimos dias, são eles que têm coordenado encontros com empresários do setor e donos de hospitais particulares.
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Nesses encontros, empresários não poupam o chanceler Ernesto Araújo, chamado de “omisso ante a pandemia” e acusado de macular a imagem do Brasil com negacionismos”.
BOIA FURADA
O ministro Gilmar Mendes, do STF, não poupou o juiz Sérgio Moro na decisão que o tornou parcial: “Não há salvação para juiz covarde”.