Três movimentos marcam encontros para o mesmo horário

No final da tarde desta segunda-feira (24) três movimentos se reúnem para discutir protestos e formar frentes de discussão e reivindicações. A divisão é discutida pelos vários movimentos nas redes sociais, principalmente o Facebook.

O Movimento Passe Livre (MPL) realiza assembleia às 18h na Esplanada do Pedro II, às 18h, enquanto a Frente pelo Transporte Público de Ribeirão Preto se reúne na Rua Dr. Loyola, 445, na Vila Tibério, às 18h30. No mesmo horário, o Movimento do Protestaço tem reunião na Praça 7 de setembro.

Segundo a advogada Raquel Bencsik Montero, que organiza a Frente pelo Transporte Público, a divisão ocorre porque o MPL restringe a participação, nos protestos, dos movimentos sociais e partidos políticos.

“No sábado teve uma reunia e a participação destas organizações foi votada. Quem apoiou a participação venceu a votação, mas depois do resultado, os organizadores decidiram que a definição só seria tomada na assembleia. Isso descontentou os participantes”, diz Raquel. Ela afirma que nesta primeira reunião do grupo serão definidos os rumos do movimento.

O representante do MPL em Ribeirão Preto, Raphael Inácio confirma que o fato ocorreu, mas disse que a intenção não é dividir e que buscará a reaproximação dos movimentos. “O MPL não é contrário à participação dos partidos e movimentos, mas a prerrogativa de decidir a participação ou não é da assembleia”, afirma.

Ele também assegura que o MPL, na assembleia, irá se posicionar pela participação das bandeiras, mas não levará para o local decisões já fechadas, como queriam integrantes da reunião. “As propostas serão discutidas e votadas. Queremos a discussão, mas até entendemos que a participação de alguns partidos que defendem causas sociais até qualifica mais o movimento”.

Protestaço

Para André Rodini, do Movimento do Protestaço e filiado ao PV, outros movimentos estão querendo segregar os partidos políticos e movimentos sociais e se preocupando apenas com uma reivindicação, que é o passe livre, quando entende que as cobranças devem ser feitas, primeiro, ao governo municipal.

“Queremos todos unidos, mas eles estão segregando. Seria melhor todos juntos, mas vamos continuar com nossas propostas que ainda não foram atendidas, como a instalação do Conselho Municipal de Transparência e Controle Social, do Conselho de Segurança, não reajuste à tarifa de água etc”, diz Rodini.

Ele comenta que os manifestantes querem um País sem partidos, quando a forma de eleição é por meio dos partidos. “Queremos ações concretas, para cobrar do Executivo Municipal o que defendemos. Nosso negócio é protestar na Praça Barão do Rio Branco, para que o governo nos ouça e atenda nossas reivindicações. Por isso vamos ao Protestaço III, porque o I e o II ficaram sem respostas”.