PIRACICABA

Travesti Mirella, suspeito de matar dois, é preso

Segundo delegado, todos os travestis ouvidos apontaram "Mirella" como responsável pelos crimes

Ana Cristina Andrade
06/07/2013 às 18:42.
Atualizado em 25/04/2022 às 09:35

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Piracicaba prendeu na sexta-feira um travesti de 23 anos, conhecido como “Mirella”, que é suspeito de participar de ser a mandante do assassinato do travesti “Abelha”, morto a tiros dia 4 de abril deste ano na região do Higienópolis, e de participar da morte de Adriano Robson Bueno de Almeida, ocorrida no dia 30 do mesmo mês no Nova Suíça.

A prisão de Mirella, que está com duas temporárias decretadas, ocorreu na casa da mãe dela no Bairro Alto. Primeiro, a equipe de Homicídios da DIG foi a uma residência do Parque Piracicaba onde o travesti estaria residindo. “Chegamos lá e não havia mais ninguém na casa. A impressão que deu é que havia deixado o local há pouco tempo”, destacou um investigador.

Com endereço dos familiares de “Mirella” em mãos, os policiais civis foram até a casa da mãe que fica na avenida Piracicamirim. Ela dormia na hora em que os investigadores chegaram e não resistiu à prisão.

Segundo o delegado Luiz Pereira da Silva, o que levou a prisão do acusado foi que todos os travestis ouvidos pela DIG apontaram “Mirella” como responsável pelos crimes. Junto com ela foi detido seu namorado.

A DIG informou que ele é averiguado num crime que está sendo investigado pelo 2° Distrito Policial, chefiado por Wilson Sabino. O rapaz passou a tarde na DIG e como não há mandado de prisão contra ele, no momento, acabou sendo liberado.

Briga por ponto 

As testemunhas ouvidas pelo delegado Luiz Pereira indicaram, segundo ele, que “Mirella” costumava desentender-se com outras pessoas por causa de disputa nos pontos de prostituição. No caso de “Abelha”, que teve um dos tiros disparados dentro da boca, ela teria tido uma desavença no passado e a vítima chegou a registrar um boletim de ocorrência de ameaça.

“Mirella” foi levada para o plantão da rua do Vergueiro, na área central de Piracicaba. Sua prisão temporária é de 30 dias e depois Luiz Pereira poderá pedir a prisão preventiva. De acordo com a Polícia Civil o travesti se reservou no direito de falar somente em juízo. Se sair a preventiva, ele ficará na cadeia até o julgamento. 

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