Transporte e Zeza Amaral
Transporte
Rui Tomás Barbosa
Jornalista, Campinas
Prefeito Jonas Donizette, o transporte coletivo de Campinas sempre foi absurdamente caro e deficitário, levando-se em consideração o quilômetro rodado, a superlotação e a má conservação dos veículos. Durante anos os empresários e perueiros ganharam muito, bem mais do que mereciam ganhar pelo serviço prestado. É chegada a hora da população “botar a boca no trombone” e exigir do secretário Municipal de Transporte que seja implantado um sistema digno de transporte ao que se tem hoje, e também colocar abrigos decentes e placas indicativas dos itinerários das referidas linhas em todos os pontos da cidade. Afinal de contas o povo até hoje só teve obrigações e nada de direito. Já passa da hora do povo ter um pouco mais de respeito e conforto.
Acessibilidade
Ida Célia Palermo
Presidente do Centro de Vida Independente de Campinas
Com alegria fui assistir a peça Bye, Bye Pororoca e conhecer as novas instalações do Teatro Castro Mendes. A peça foi ótima, divertida e ainda tive a oportunidade de assistir a alegria de um grupo de surdos, acompanhados por um intérprete de libras, aproveitar todos os detalhes do espetáculo. Mas tive grande tristeza ao constatar que os arquitetos, engenheiros e responsáveis pela tão demorada reforma do teatro esqueceram das regras básicas da acessibilidade arquitetônica. Não vou enumerar todos os equívocos, pois são vários e ficaria muito longo esse texto, mas o mais
importante: eu não tive onde ficar, pois uso cadeira de rodas e não deixaram
lugares reservados na plateia, fiquei no corredor mesmo.
SUS
Sinésio Müzel de Moura
Professor, Campinas
As denúncias e as evidências, publicadas inicialmente pela mídia, de que os planos de saúde pagavam “um extra para um grupo de médicos” visando a desocupação de leitos, ocupados por pacientes do SUS, no Hospital Evangélico em Curitiba, como é que ficaram? Era só em Curitiba que acontecia isso? O grupo organizado de profissionais da saúde envolvidos nessa trama diabólica para executar os pacientes do SUS, já está sendo denunciado pelo Ministério Público. O que a população quer saber é se as suspeitas de práticas criminosas é um crime estadual ou federal. Será que a ANS o próprio SUS também têm interesse em apurar a possível fraude? E no resto do Brasil, isso também vem ocorrendo?
Caos
Gustavo Boccaletti
Advogado, Campinas
Sabemos que todos os municípios passam por situações mais difícies de que já passavam anteriormente, mas, em especial, no caso de Campinas, a situação está muito complicada. Nas principais necessidades do cidadão temos: transporte; uma das tarifas mais caras do País com um serviço de má qualidade pelo que se paga; segurança — a criminalidade subindo em velocidade meteórica e aumento gigante da mendicância e drogadição sem nenhuma política pública municipal de combate; infraestrutura — quase investimento zero em obras públicas; educação — falta de vagas, professores e monitores em creches e escolas; moradia — fila imensa de inscritos (45 mil) e muitos anos sem investimento e, finalmente; saúde — com o fim do convênio com o Cândido Ferreira, o que estava muito ruim, caminha para o caos. E muito blá-blá-blá... Não é essa a nossa realidade?
Rodovias
Edilberto Teixeira Chaves
Aposentado, Campinas
Preocupante a notícia de que o governo do Estado vai investir R$ 124 milhões na Anhanguera e Bandeirantes. Por que o Estado e não as concessionárias que exploram as rodovias e o bolso dos usuários? Pagamos caríssimo para trafegar pelas rodovias paulistas e nada mais coerente que as concessionárias, que cobram pelo serviço, construirem novas faixas, zelarem e manterem as existentes. Se o dinheiro sair mesmo do Estado, uma aberração; se das concessionárias, propaganda enganosa do governo paulista.
Recapeamento
João Carlos Pinto
Adm. de empresas, Campinas
Parece mentira, mas é verdade. Acabo de ler no Correio que os “vereadores e deputados” vão propor uma lei proibindo o serviço de “recapeamento e serviços de asfalto” durante o período diurno para facilitar o trânsito. Em 1969, fui estudar em Los Angeles, Califórnia (USA) e já era assim, ou seja, trabalho de manutenção de ruas e pistas só à noite, com ótima sinalização e sem transtornos. Acordem políticos brasileiros, usem o pouco da inteligência que possuem em prol da coletividade que é quem paga seus salários. Essa medida já está sendo colocada em prática nos países mais avançados há 40 anos. Conclusão: não é que de vez em quando a dona fada usa sua varinha de condão?
Combustível
Fabio Biral
Jornalista, Campinas
Acreditava que a utilização do álcool o ano todo não iria acarretar problemas para o motor flex. Estava redondamente enganado. No inverno, nos dias de frio intenso, se o tanque estiver abastecido com álcool e o reservatório de gasolina estiver vazio (o que esqueço, de checar continuamente), o motor demora muito tempo para pegar, quando não pega. Na edição noturna de um jornal televisivo, no dia 13/3 afirmou-se que hoje o consumidor não esstá preocupado em saber qual combustível é mais vantajoso, comparando os preços na hora de abastecer. Como o valor do álcool abaixa pouco, o consumidor se habituou a abastecer com a gasolina. Mas, não é só o preço que influencia nessa decisão. O fato de muitos carros com motor flex rejeitarem o consumo do álcool nos dias de frio, também pode ter contribuído.
Zeza Amaral
José Benedito Napoleone Silveira
Economista, Campinas
O Zeza Amaral definiu com perfeição os novos tempos em A Morte do Homem Comum (Correio — 14/3). Vivemos, no Brasil, uma época de seitas organizadas. Eu diria, em alguns casos, seitas agenciadas e muito bem remuneradas, a serviço de interesses nem sempre muito claros. A maioria delas não vacila em demonizar que não comunga do seu credo, ou seja, são fanáticas e obscurantistas. O pano de fundo é sempre o “politicamente correto”, essa corrente que, na prática, trabalha pelo fim da sociedade civilizada, mas sempre propagandeando a melhor das boas intenções, é claro.
Violência
Gabriel Neves
Tradutor, Campinas
Há algumas semanas vi matéria neste jornal de algumas mulheres protestando contra a falta de segurança em casos de estupro. O mais engraçado foi não ver nenhum marido ou homem do bairro protestando em defesa de suas mulheres. Gostaria de ver sim os maridos das mesmas empunhando foices, facões e outros tipos de armas numa caçada frenética a esses facínoras e covardes, que na falta de capacidade de conquistar uma mulher as estupram. Sei que muita gente aqui vai achar meus comentários horríveis, mas a única forma de Justiça em casos de estupro e pedofilia, para mim, é a Justiça com as próprias mãos, porque a Justiça do nosso País é quase uma piada. E para aqueles que ficarem chocados com meu comentário, o que fariam se tivessem suas filhas ou esposas atacadas por um estuprador? (...)
Esperança
Antonio José Nogueira
Gerente comercial, Campinas
Depois de muito sofrimento para a cidade de Campinas, hoje, posso dizer que a esperança perante ao novo prefeito Jonas Donizette é muito grande e bastante positiva. Espero que ele realmente faça o que prometeu nas eleições, esta cidade merece!
