OPINIÃO

Trânsito, Chávez e metrô

Correio do Leitor
12/03/2013 às 05:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:10

Trânsito 1

Tavirio Villaça

Aposentado, Campinas

A Emdec na gestão do governo municipal anterior, conseguiu complicar em vez de facilitar o trânsito na Avenida João Erbolato, no Jardim Chapadão. Em duas minirrotatórias, criadas com blocos de concreto, foram colocadas sinalizações de solo, obrigando todos os veículos a pararem, venham de onde vierem. O resultado é uma confusão perigosa, pois ninguém sabe quem tem preferência, sendo que a maioria tem decidido pela avenida, por ser uma via de duas pistas. Para provocar uma encrenca dessas, era preferível ficar como antes, com prioridade para a avenida.

Trânsito 2

Leonildo Ghizzi Júnior

Advogado, Campinas

Veja como são as coisas em nossa cidade. O campineiro normal já está acostumado a tomar a sua “multinha” de cada dia. Não em poucas oportunidades, nossos “amarelinhos” ficam em pontos estratégicos para aplicar as multas, que se reverterão aos cofres públicos. Aí, vamos à região do entorno do Colégio Imaculada. Semanalmente não se circula por aquela região nos horários de pico, pois são carros de pais e mães em pista dupla, muitos até no meio da via, atrapalhando os outros munícipes em praticamente todas as vias que circundam o colégio. E vá buzinar ou reclamar. Então, pergunto: nessas horas, onde estão os amarelinhos? Onde está a Setransp que não põe ordem na situação ou aplica uma sanção ao colégio?

Lado a Lado

Carlos Alberto Ebert Burghi

Fonoaudiólogo, Campinas

A novela da Globo, Lado a Lado, reprisou o início do século 20 na província do Rio de Janeiro, província esta que batizou, com razão, Campinas, em meados de 1872, com o nome de “Bastilha Negra”, pelos tratamentos e castigos impostos aos escravos. Fica uma sugestão para os diretores João Ximenes Braga e Claudia Lage: numa próxima edição voltada nesse período, escrevam mais do povo paulista que fez muita história como a Cia. Mogiana de Ferrovia e a Primeira Democracia Racial no Futebol Brasileiro, originada pelo atleta Miguel do Carmo (1885 -1932), fundador e integrante da equipe futebolística Ponte Preta.

Bafômetro

Gustavo Von Atzingen Bueno

Tradutor-intérprete, Campinas

Já pararam para pensar que vivemos a era pós-bafômetro? Sim, porque partindo do princípio de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, aliado à tolerância zero e à aprovação de outros meios probantes contra o motorista infrator, é inútil tentar burlar a ora obsoleta engenhoca, para muita gente constrangedora. O que temos observado no comportamento dos motoristas é que agora o bafômetro representa muito mais a vontade do Estado de fiscalizar a todos indistintamente, através da polícia, presença na cidade essa que há muito tempo se fazia necessária e indispensável! O simples fato de ter sua CNH apreendida, pontuação gravíssima na carteira, multa dolorosa aplicada, além de outras complicações, como até prisão, tudo isso, paulatinamente, contribuirá para a diminuição no número de ocorrências e, por conseguinte, fatalidades no trânsito. (...) Em suma, atenção, prezados motoristas: se beber, jamais dirija, em hipótese alguma!

Chávez 1

Alex Tanner

Servidor público, Sumaré

O presidente ditador venezuelano, Hugo Chávez, que manipulava o povo venezuelano através de um socialismo barato e mentiroso, morreu falando mal dos Estados Unidos da América. Contudo, a Venezuela é o maior parceiro comercial dos americanos, tanto na importação como exportação! Diante dos fatos, quando não gostamos de alguém, nos afastamos ou excluímos da nossa relação! Mas Chávez (amigo de Lula, Fidel Castro, Evo Morales, Ahmadinejad etc.), nunca conseguiu ser independente comercialmente dos americanos! Reflexão: viva a liberdade e o capitalismo.

Chávez 2

Adilson Roberto Gonçalves

Prof. universitário, Lorena

Aos brasileiros e aos que acompanham a política venezuelana pode causar estranheza a forma como o princípio bolivariano é tratado e traduzido em ações. Nosso País viveu um processo de formação e emancipação muito distinto dos vizinhos, ex-colônias espanholas. Ali, o sangue correu mais fluido e a presença do índio, miscigenado agora, é retratado na população, mas carrega a marca indelével da opressão. Dessa história, pouco vista em nossos bancos escolares, deve advir o respeito à figura de Hugo Chávez e o que ele representa de conquistas para seu povo.

Metrô 1

Denis Marcel de Oliveira

Arquiteto e urbanista, Campinas

Li a notícia na RAC (7/3) que: São José dos Campos terá R$ 800 milhões para o metrô de superfície e, no mesmo momento, lembrei-me que Campinas terá R$ 300 milhões para o BRT. Vamos fazer uma conta simplista só para efeito de comparação: São José: 640 mil habitantes (dados de 2011) e Campinas : 1.080 milhão (dados de 2010). Mais uns números: metrô de superfície: 400 usuários por vagão; BRT: 145 usuários por veículo. Precisa dizer mais? Há mesmo que se analisar isso? Por quê? Simples: porque São José pediu ao governo federal o metrô e Campinas pediu o BRT! O que será que eles têm que nós não temos? Falta de um projeto inteligente para a mobilidade urbana em Campinas? Por favor, comparar custos de implantação de sistemas completamente diferentes, é a maneira mais fácil de se equivocar.

Metrô 2

Edilene Teresinha Donadon

Arquiteta e professora, Campinas

Sou arquiteta e professora do curso de arquitetura da Unip e os nossos alunos pesquisaram e entrevistaram técnicos da Prefeitura e Emdec sobre Mobilidade Urbana em Campinas e o resultado foi um trabalho muito completo. Nele, foi apresentado a proposta da Prefeitura para solucionar o problema do transporte coletivo: o BRT. Além de explicarem de maneira isenta os argumentos da Emdec — o comparativo entre os custos, entre a implantação do metrô e o BRT —, analisaram criticamente as propostas, entre elas o estímulo ao uso de motocicletas (!). Ao final, apresentaram uma charge, na qual ilustram o ocorrido quando perguntados pelo governo federal o que Campinas precisaria para resolver o problema de mobilidade urbana (...). Um dia depois, li a notícia e repassei aos alunos: São José ganha R$ 800 milhões para o seu metrô de superfície. Será falta de autoestima?

TAV

Jacques Michel

Aposentado, Sumaré

Finalmente, o projeto do TAV, ao que parece, está saindo do papel, e pelos noticiários locais, a cidade de Campinas e o Aeroporto de Viracopos já estão se programando. Muito bom. Apesar de várias críticas e dos lobbies do transporte rodoviário, o trem de alta velocidade é um transporte terrestre vital para o crescimento e a demanda da nação, e vai aliviar de vez o já sufocado transporte aéreo. Infelizmente, a malha ferroviária ficou abandonada por várias décadas e sua recuperação vai exigir grandes investimentos. Assim mesmo, o TAV é bem-vindo, só que está chegando com pelo menos 10 anos de atraso.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por