Crise na Usina Campestre teve início em 2010, quando fornecedores deixaram de entregar a produção
Cerca de 200 funcionários da Companhia Açucareira de Penápolis (Usina Campestre), localizada na região de Araçatuba, fizeram manifestação em frente ao Fórum de Justiça da cidade durante toda esta sexta-feira (12).
Mais uma vez com os salários atrasados, eles pediram intervenção da Justiça para resolver o impasse provocado pela crise financeira da unidade. Os funcionários exigem o recebimento imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Seguro Desemprego.
A crise na Usina Campestre teve início em 2010, quando os fornecedores de cana deixaram de entregar a produção por falta de pagamento. Desde então, os trabalhadores sofrem com atrasos nos salários. Um dos credores chegou a entrar na Justiça com pedido de falência.
Outro fator que interferiu na capacidade produtiva da indústria foi a decisão judicial que proibiu a queima da palha da cana em algumas regiões do Estado de São Paulo. Com essa medida, a produção diária na unidade caiu de 9 para 3,5 toneladas por trabalhador.
O custo de produção também triplicou, passando de R$ 4,80 para R$ 13 por tonelada de cana colhida.
A indústria não deu prazo para sair da crise e pagar os salários em atraso. Uma das possibilidades é arrendar a área da companhia para um novo grupo de investidores.