protesto

Trabalhadores da Saúde fazem carreata

Funcionários do Hospital Ouro Verde deram prazo até a próxima terça-feira para que alguma negociação ocorra ou então vão avaliar outras medidas a serem tomadas

Agência Anhanguera de Notícias
18/07/2020 às 11:59.
Atualizado em 28/03/2022 às 21:57
Os funcionários saíram do Hospital Ouro Verde e foram até o Hospital Mário Gatti (Wagner Souza/AAN)

Os funcionários saíram do Hospital Ouro Verde e foram até o Hospital Mário Gatti (Wagner Souza/AAN)

Os trabalhadores do Hospital Ouro Verde, em Campinas, fizeram uma carreata na manhã deste sábado em sinal de protesto. Eles saíram do Hospital Ouro Verde e foram até o Hospital Mário Gatti. A medida foi tomada porque, segundo eles, a administradora CEJAM – Rede Mario Gatti deu resposta negativa para negociar o aumento salarial e conceder melhores condições de trabalho, incluindo a testagem imediata e contratação de novos funcionários. "Nós pedimos que a Rede Mario Gatti respeite e atenda as nossas reivindicações para que possamos amparar os trabalhadores da saúde. Caso o hospital não queira negociar as exigências nós iremos avaliar a necessidade de outras medidas", disse o diretor do Sinsaúde (sindicato que representa a categoria), Paulo Sérgio Pereira da Silva. O Sinsaúde reivindica a antecipação salarial imediata de 2,05%, correspondente ao INPC; aumento real de 5%; adicional de insalubridade em grau máximo de 40% para todos, independentemente da função ou setor que atuam; pagamento de um abono salarial de R$ 500,00 enquanto durar a pandemia e reajuste salarial de 30% no vale-refeição e vale-alimentação, considerando que estes valores nunca foram reajustados. A testagem para Covid-19 dos funcionários foi exigida devido ao risco que os colaboradores têm de contrair o vírus, inclusive com emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), além disso, o Sinsaúde também requisitou que os que testarem positivo ou que representem grupo de risco sejam afastados imediatamente e que os infectados recebam atendimento psicológico. "O foco das negociações do Sinsaúde é trazer saúde, segurança e reconhecimento para os trabalhadores que estão na linha de frente no combate à pandemia, mas a administração se nega a negociar", disse a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento. O grupo deu prazo até a próxima terça-feira para que alguma negociação ocorra ou então vai avaliar outras medidas a serem tomadas. A Prefeitura informou que por se tratar de empresa terceirizada, é a empresa quem deve responder. O Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM), responsável pela prestação de serviços de saúde no Complexo Hospitalar, esclareceu que já iniciou negociações com o sindicato patronal (Sindhosfil) no dia 2 de julho e cumpre a legislação trabalhista vigente. "Todos os funcionários que apresentam sintomas são submetidos ao teste de presença viral (PCR), realizado em laboratório de confiança", informou. Disse ainda que o CEJAM preza pela saúde e segurança de seus colaboradores, fornecendo equipamentos de proteção individual necessários para atender às necessidades da unidade e respeitando o tempo de uso recomendado pelos órgãos reguladores, o que inclui máscaras cirúrgicas, máscaras N95, aventais, viseiras, óculos, luvas, etc. "Cabe reforçar que a organização mantém um serviço de apoio psicológico para todos os profissionais", completou.

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