Nem mesmo a possibilidade de perder o meia Renato Cajá tira a confiança dos aficcionados pela Macaca
Gerson Diademe, Sílvio Roberto Estevão e Jorge Alexandro Sobrinho ( da esquerda para a direita) foram comemorar ontem a campanha da Ponte Preta no Brasileirão (Janaína Ribeiro/Especial a AAN)
A bela vitória sobre o Vasco, por 3 a 0, na última quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, encheu o torcedor da Ponte Preta de orgulho. Nem a possibilidade da saída do meia Renato Cajá parece tirar a confiança da torcida, que está comemorando muito a invencibilidade da equipe comandada pelo técnico Guto Ferreira. Até aqui, foram três vitórias e dois empates, que garantem 73,3% de aproveitamento dos pontos disputados à Macaca. O time vem se mantendo firme e forte no G4 do Brasileirão. Diante disso, o assunto que tomou conta das rodinhas de conversa da cidade, nesta quinta-feira (5), só poderia ser o excelente início de competição. O nível de confiança é tanto que o empreiteiro Sílvio Roberto Estevão, de 51 anos, aposta até na conquista do título. “A gente sempre tem a esperança de ser campeão. Neste ano, do jeito que está indo, acho que a Ponte chega lá. Independentemente de quem for embora, o elenco é bom”, opina, sem medo de perder Cajá. "Ele é bom, mas a Ponte Preta tem outros que podem ocupar a vaga", completa. Para o eletricista Jorge Alexandre Sobrinho, de 60 anos, o momento que a Macaca atravessa é simplesmente “maravilhoso”. “O time só tem conseguido bons resultados. Por isso, acho que todo pontepretano tem que torcer porque pode ser ainda melhor. Estou superconfiante”, comentou. Na opinião do chaveiro Gerson Diademe, 44 anos, a Macaca está “bonita” no Brasileirão. “Estou confiante que vamos chegar lá. Se não der para conseguir o título, certamente a Ponte Preta vai terminar entre os 10. Isso está garantido”, aposta. Para o técnico Guto Ferreira, a euforia do torcedor é justa, mas deve ficar somente do lado de fora do campo. “Nós sabemos da dificuldade do Campeonato Brasileiro. Tínhamos a expectativa de ter um bom começo, mas logicamente está surpreendendo pela pontuação que estamos conseguindo”, admite. O comandante destaca que tem trabalhado para o time manter os pés no chão. “A confiança está aumentando, mas logicamente não pode ultrapassar um limite, pois aí começa a atrapalhar. O risco é relaxar demais e achar que as coisas vão se resolver naturalmente. Não é assim também. Precisamos ir conduzindo aos poucos”, diz. Até aqui, a Macaca foi buscar um empate com o Grêmio (3 a 3) depois de iniciar perdendo por 2 a 0, em Porto Alegre. Em casa, derrotou o São Paulo pela contagem mínima com direito a golaço de Renato Cajá. Na sequência, empatou com o Cruzeiro, em Belo Horizonte, por 1 a 1. Retornando ao Majestoso, bateu a Chapecoense num convincente 3 a 1 e, na quarta, sacramentou a boa fase humilhando o Vasco em sua própria casa, pelo placar de 3 a 0. RENATO CAJÁ Depois que o camisa 10 da Macaca confirmou a possibilidade de deixar a Ponte, a diretoria tratou de tranquilizar a torcida. “Estamos conversando diariamente com o procurador do atleta e faremos tudo para evitar a saída”, disse o vice-presidente Giovanni Dimarzio.MULTA A Macaca revelou que, ao renovar o contrato, em janeiro, incluiu uma “pesada multa” em caso de rescisão de acordo antecipado. Assim, Cajá só poderá deixar a Ponte se houver o pagamento deste valor.ENTREVISTA Após o jogo, Cajá falou da possibilidade. “A Ponte está recebendo propostas. Talvez, sentaremos nesta semana para resolver minha situação. Enquanto isso, sigo focado. Quando acontecer, todos saberão, não é segredo. Sou profissional e não vou deixar nada que não seja da compreensão coletiva passar", admitiu.