Não há dúvida que o Maracanã ficou bonito depois de uma reforma bilionária que o distinto público pagou e apenas isso. Já os europeus também acham suas arenas muito bonitas e com justa e dupla razão: lá o transporte público funciona, a praça de alimentação dos estádios poderia ostentar quatro estrelinhas e, o que é mais importante, seus estádios foram construídos com recursos das próprias equipes.
O Maracanã não me emociona; tampouco o Morumbi, Fonte Nova ou qualquer outro estádio. Respeito mesmo tenho pelo Estádio Moisés Lucarelli, o Majestoso, erguido pelas mãos de seus torcedores e com o dinheiro de abnegados pontepretanos. Quando o saudoso Bruninho me levou pela primeira vez ao Majestoso, o lendário zagueiro já havia me contado essa maravilhosa aventura. Assim, os cariocas devem ter lá suas razões para reverenciar o Maracanã e eu fico imaginando como é que um estádio que viu a sua seleção perder uma Copa do Mundo, em 1950, pode ser elevado à categoria de Templo do Futebol. Eu fui contra a reforma do Maracanã, como deixei claro aqui algumas vezes, mas não pela comoção provocada e, sim, pela começão do dinheiro público que ficou patente.
E o Maracanã inacabado foi inaugurado por uma seleção comandada por um técnico especializado em “equilíbrio tático” que se sonoro fosse teria o som de dinamites implodindo o bom senso. Não é preciso perguntar aos torcedores do Palmeiras quem foi o responsável pelo rebaixamento da equipe no Brasileiro passado. Todos sabem que foi a covardia do “equilíbrio tático” do Felipão que literalmente mandou o porco pra lama.
Não vou analisar aqui a seleção que o Felipão resolveu “barcelonar” e reteve a posse de bola em torno dos 60%. E tampouco do arroz com feijão inglês que entrou em campo com o defensivo 4-5-1 e que, ao sofrer o primeiro gol, passou a jogar no ofensivo 4-3-3, empatou e virou o jogo. Foi quando o corintiano Paulinho percebeu que tinha que jogar como no Pacaembu e foi pra frente e fez o gol do empate. Simples e corajoso.
Desde 2002 a seleção brasileira não ganha uma Copa do Mundo. E não vai ganhar a de 2014 se Felipão, ou outro qualquer, ficar insistindo nesse tal “equilíbrio tático” que, repito, faz a ruína de uma equipe e põe em risco a reputação de craques como Neymar, Oscar, Lucas, Fred e Paulinho, apenas para citar alguns.