Retorno de Chicão e boa atuação de Felipe esquentam a disputa por vaga na equipe titular
Com a volta de Chicão, recuperado de artroscopia no joelho, e a confiança adquirida por Felipe após o gol decisivo na vitória sobre o Ituano no sábado, o técnico Tite passa ter a famosa "dor de cabeça boa" para montar a defesa do Corinthians. A atual dupla titular, formada pelos zagueiros Gil e Paulo André, terá trabalho para se manter na equipe.
Chicão, recuperado de uma artroscopia no joelho esquerdo realizada no começo do ano, não jogava desde a final do Mundial no dia 16 de dezembro. Ele voltou ao time contra o Ituano, quando os titulares foram poupados, e, embora tenha sentido muito a falta de ritmo de jogo, conseguiu atuar os 90 minutos. Além disso, é um dos líderes do elenco, algo muito admirado por Tite.
Já Felipe se destacou tanto pela firmeza e tranquilidade na defesa quanto no ataque durante o jogo de sábado, quando também ganhou uma chance como titular. Ele marcou o gol da vitória por 3 a 2 sobre o Ituano, no final do jogo, tirando o Corinthians do sufoco.
Falar que Gil e Paulo André correm risco não é exagero. Afinal de contas, a quantidade de gols sofridos pela equipe no início de ano não tem agradado Tite. Na temporada, foram 13 jogos e 11 gols sofridos. Na conquista do título Libertadores do ano passado, por exemplo, a defesa foi o ponto forte do Corinthians, que em 14 partidas levou apenas quatro gols.
Contratado nesta temporada, após passagem pelo futebol francês, Gil está sendo uma boa surpresa para Tite. O treinador tem elogiado o zagueiro em suas últimas entrevistas e parece até mais regular do que Paulo André neste momento. Mas a tendência é que, por enquanto, os atuais titulares continuem no posto.
O fato de ter quatro zagueiros que possam jogar passa confiança para Tite, já que o time vive uma maratona de jogos e vai precisar fazer rodízio de atletas. O assunto, inclusive, foi bastante falado pelo treinador após a partida no Pacaembu. Revoltado com a marcação do confronto contra o Ituano no sábado, poucas horas depois da delegação ter voltado do México, onde jogou na quarta-feira pela Libertadores, ele fez duras críticas à Federação Paulista de Futebol (FPF).
O diretor-adjunto de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, minimizou a situação e culpou o calendário do time como responsável por jogos tão próximos de viagens. "Não tinha muito o que fazer. A verdade é que o calendário do Corinthians está cheio até o final do ano e não tem data. Além do mais, neste fim de semana tem o problema de ser disputado um clássico na cidade", disse o dirigente, se referindo ao duelo entre São Paulo e Palmeiras, neste domingo, no Morumbi