Segundo os resultados do IML, funkeiro morreu por causa de anemia provocada por hemorragia
O Instituto de Criminalística (IC) de Campinas vai fazer esta semana a reconstituição da morte do funkeiro Daniel Pellegrine, o MC Daleste. Os peritos vão produzir um croqui — um desenho do crime — com base nas informações que a Polícia Civil obteve até o momento. O funkeiro morreu na madrugada do dia 7 de julho após ser baleado enquanto se apresentava na Vila San Martin. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado na segunda-feira (15), Daleste foi atingido por dois tiros. O último atravessou três órgãos.
De acordo com o delegado Rui Pegolo, o laudo do IML confirmou que um dos tiros atingiu o funkeiro de raspão na axila direita, provocando queimaduras, e o segundo atingiu seu abdome, no lado esquerdo, saindo pelo direito. Esse tiro perfurou três órgãos: o estômago, o fígado e pulmão direito. “Ele (o tiro) transfixou o corpo e foi fatal”, afirmou. De acordo como os resultados do IML, Daleste morreu por causa de uma anemia profunda provocada por hemorragia.
Na manhã de quinta-feira o IC voltará ao local do crime para fazer um croqui. Segundo Nelson Roberto Patrocínio da Silva, diretor do IC e perito criminal, não se trata de uma reconstituição com base no que disseram as testemunhas. “Vamos montar a dinâmica do fato por meio dos dados técnicos que temos: a trajetória de tiros, perfurações, distâncias, imagens. Não vamos ouvir testemunhas, até porque as testemunhas que temos são as que o viram cair no palco. A partir daí, vamos montar um croqui, que é um desenho esquemático do fato”, explicou.
Segundo Silva, os dados do laudo do IML serão usados para fazer a trajetória da bala.