RUBENS MORELLI

Time definido, mas com um porém

Rubens Morelli
06/03/2014 às 20:01.
Atualizado em 24/04/2022 às 15:26

O amistoso da última quarta-feira serviu para Luiz Felipe Scolari testar duas opções para esquentar o banco de reservas da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. E Rafinha e Fernandinho, mesmo que discretamente, mostraram ao chefe que têm condições de lhe fazer companhia à beira do campo no Mundial. Isso porque o time titular está definido há muito tempo, mais precisamente desde o dia 30 de junho de 2013, data do chocolate sobre a Espanha na final da Copa das Confederações.Contra a Croácia, no dia 12 de junho, em Itaquera, o Brasil irá a campo com Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo, Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar, Hulk, Fred e Neymar.Quem mais vai compor a lista dos 23 convocados é, na verdade, pura formalidade. No entanto, vale ressaltar que o time reserva de hoje é mais forte que aquele da Copa das Confederações, especialmente do meio-campo pra frente.Ramires, que havia ficado de fora da lista no torneio-teste por conta de uma intriga, recuperou o prestígio e estará na Copa. Fernandinho, menos pela sua participação e pelo seu gol contra a África do Sul e mais pelo seu desempenho no Manchester City, ora como primeiro volante, ora como segundo, briga com Hernanes e Lucas Leiva por duas vagas. O primeiro ainda está em adaptação à Inter de Milão, seu novo clube, e vem sendo pouco aproveitado. O segundo tem a desvantagem de atuar apenas à frente da zaga no Liverpool. Fernandinho, portanto, ganha mais pontos que os dois.Willian, do Chelsea, tomou a vaga de Lucas, que começou a ser descartado já na própria Copa das Confederações, com a ascensão de Bernard no gosto de Felipão. Jô manteve o bom desempenho do último ano, quando tinha o status de quebra-galho, e se transformou na opção imediata a Fred, sem que qualquer outro atacante para a posição crie uma dor de cabeça no técnico.Apesar do reforço no banco, Felipão criou outro problema, maquiado pela fragilidade da África do Sul. Quando sacou Oscar e Hulk para a entrada de Ramires e Willian, o técnico tirou a triangulação dos atacantes. Nessa formação, Neymar ficou sobrecarregado na criação.Os três gols que o camisa 10 fez esconderam a sua responsabilidade em campo. Se estivesse enfrentando uma zaga mais bem arrumada e firme, poderia sofrer mais, especialmente com o cansaço de receber todas as bolas. Assim, Scolari deve treinar variações táticas pra não deixar que nosso melhor jogador se torne presa fácil dos rivais.

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