Felipão prepara mudanças no time titular para o amistoso da próxima segunda-feira (25) contra a Rússia, em Londres
Thiago Silva, Marcelo e Jean. Essas são as novidades que o técnico Luiz Felipe Scolari está estudando para a partida da seleção brasileira na segunda-feira (25) contra a Rússia, em Stamford Bridge, o estádio do Chelsea em Londres. Ele ficou satisfeito com o rendimento da equipe no empate por 2 a 2 com a Itália, na última quinta, em Genebra, vai preservar o esquema tático, mas aproveitará para fazer alguns testes que julga necessários neste momento.
No entanto, Kaká, que a princípio iniciaria o jogo contra os russos, corre sério risco de ficar no banco. Felipão desaprovou a sua atuação de quinta. Mas Hulk, que teve um desempenho fraquíssimo contra os italianos, deve ser mantido. Para não ser queimado e também pelo fato de, como está no Zenit St. Petersburg, pode ajudar com informações sobre o time do Leste Europeu.
Na realidade, a entrada do zagueiro do Paris Saint-Germain não é um teste e sim o retorno à posição de seu titular. Felipão já foi para o jogo contra a Itália com tal retorno definido. "Ele só não enfrentou a Itália porque está voltando de contusão e não se encontra totalmente bem fisicamente. Preferi deixá-lo treinando mais uns dias. Mas a volta dele é natural", justificou o treinador.
Nesta sexta, antes do treino em Nyon que reuniu apenas oito jogadores - o restante fez um trabalho leve na academia do hotel onde a delegação está hospedada - Felipão conversou por quase meia hora com Thiago Silva. Ele quer o jogador liderando não só a defesa, como todo o time.
Marcelo será, sim, uma experiência. A exemplo de Thiago Silva, ele não foi convocado para o jogo de fevereiro contra a Inglaterra (derrota brasileira por 2 a 1) por estar contundido. O treinador gosta do estilo do lateral-esquerdo do Real Madrid, um jogador habilidoso, com raciocínio rápido e ofensivo. Mas contra a Itália optou por Filipe Luís porque ele guarnece mais a defesa.
Agora, porém, quer ver como Marcelo se sai e, mais do que isso, como a seleção se sai com um lateral-esquerdo bastante ofensivo. Sem contar que na outra lateral, Daniel Alves também avança bastante.
Marcelo recebe a chance com naturalidade. "Claro que todo jogador quer ser titular. Mas se jogo dois minutos, meio tempo, o prazer de estar na seleção é o mesmo", disse. Eterna promessa e considerado por muitos o lateral-esquerdo ideal para a seleção, Marcelo garante que não abalar por ainda não ter se firmado.
"Não penso nisso. Se vão me criticar ou encher a minha bola... Estou aqui para ajudar a seleção".
A outra experiência imaginada por Felipão passa pelo volante Jean. Mas o treinador não pretende mexer na dupla que enfrentou os italianos, Fernando e Hernandes. Jean vai entrar na lateral direita, no lugar de Daniel Alves. O jogador do Barcelona foi o único convocado para a posição para estes dois jogos. Como Jean sabe jogar por ali - o fez principalmente em seus tempos de São Paulo e ocasionalmente é utilizado na posição agora que está no Fluminense -, será testado.
Se for aprovado, ganha lugar no grupo da Copa das Confederações. Mesmo porque Felipão não vê grandes opções para a posição. "Eu tenho trabalhado como volante, lateral e até como meia. Qualquer que seja a posição, estou preparado", assegurou Jean.
Em compensação, Kaká ficou em situação difícil. Além de Oscar ter jogado bem contra a Itália, repetindo o que fizera contra a Inglaterra, e do fato de que na próxima segunda estará em casa, pois o jogo é no campo do Chelsea, pesa contra o meia do Real Madrid seu próprio rendimento contra os italianos. Kaká jogou os 32 minutos finais e não foi nada bem. Parecia perdido e atrapalhado em campo e muito ansioso. No momento, o mais provável é que também entre no decorrer do jogo contra os russos
Felipão quer preservar Hulk, mas o atacante do Zenit St. Petersburg deve ter sua última chance. Se for mal novamente, pode ver as portas da seleção se fecharem para ele.